Uma pesquisa da Associação Paulista de Medicina (APM), divulgada nesta terça-feira (7/7), expõe um dado alarmante sobre os problemas e carências dos médicos brasileiros no enfrentamento à Covid-19. Isso porque 7 em cada 10 profissionais admitiram não se sentir preparados para estar na linha de frente.
A APM consultou 1.984 profissionais de todo o país entre 25 de junho e 2 de julho. Somente 28% dos médicos se dizem plenamente capacitados para atender casos de Covid-19, em qualquer que seja a fase do tratamento. Já 72% admitem não ter conhecimentos aprofundados. Eles afirmam permanecer na linha de frente por questão humanitária.
A insegurança dos profissionais em relação aos protocolos de atendimento e tratamento ao novo coronavírus se reflete também em outra estatística. Entre os que participaram da pesquisa, 57,2% disseram fazer papel de autodidatas e buscar informações científicas diretamente na literatura médica. O número é superior, por exemplo, aos que se atualizam baseados em informações do Ministério da Saúde: 46%.
Empenhados no combate à Covid-19 desde o início da pandemia, os médicos acreditam que a doença está longe de ser amenizada. Prova disso é que 89% dos profissionais creem numa segunda onda de contágio. Desses, porém, 42,3% acreditam que ela será menos grave.
