Depois de o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmar, nessa quinta-feira (19/03), que a hidroxicloroquina seria aprovada pelo governo dos Estados Unidos para tratar o coronavírus, o medicamento desapareceu das prateleiras do Distrito Federal.
A reportagem entrou em contato por telefone com unidades da Drogasil na Asa Sul e Asa Norte e foi informada de que o remédio está em falta e só será vendido com receita médica (até o momento, não era necessário o receituário). No site da rede PagueMenos, o medicamento não está disponível para entrega no DF. Nas drogarias Rosário, a hidroxicloroquina também está em falta, segundo a central de atendimento.
Há relatos nas redes sociais de pacientes com artrite reumatoide e lúpus em várias cidades do Brasil falando sobre a dificuldade em encontrar o remédio que, para eles, é essencial.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Saúde não recomendam o uso da hidroxicloroquina contra o coronavírus. De acordo com os órgãos, os estudos até agora são preliminares, feitos com poucas pessoas e não há evidências científicas suficientes para justificar a inclusão do remédio no protocolo clínico.
De acordo com Denizar Vianna, secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, do Ministério de Saúde, o Brasil produz o medicamento em laboratórios públicos e tem como prover o remédio para a população caso seja necessário. “Temos relatos de pessoas procurando o remédio nas farmácias, a orientação do ministério é que não façam isso. Precisamos de mais pesquisas para recomendar em protocolos clínicos.”
