Cloroquina: americanos querem indenização por remédios sem eficácia

Processos são de parentes de pessoas que morreram ou tiveram sequelas pelo uso indiscriminado de remédios sem comprovação científica

atualizado 11/03/2021 18:30

Compartilhar notícia
hidroxicloroquina Getty Images

Pacientes norte-americanos estão dando entrada em pedidos de compensação financeira devido a tratamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19. O caso de Susan Cicala, uma enfermeira de 60 anos que faleceu após ter sido tratada com azitromicina e hidroxicloroquina – uma versão mais avançada da cloroquina, é um dos 48 processos movidos por parentes de pacientes tratados com os medicamentos, que podem causar sérios efeitos colaterais.

O marido da vítima, Steve Cicala, 58 anos, é autor do pedido de indenização. Se for bem-sucedido, ele pode receber cerca de US$ 367 mil (R$ 2.031.748). De acordo com informações da Reuters, ele entrou com o pedido de compensação financeira junto ao Programa de Compensação de Lesões de Contramedidas (CICP, da sigla em inglês), iniciativa supervisionada pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS) dos Estados Unidos.

O fundo teria até US$ 30 bilhões que podem ser usados ​​para compensar ferimentos graves ou mortes causados por tratamentos ou vacinas. Até agora, o programa negou compensação em 90% dos casos registrados antes da pandemia, principalmente, para vacinas contra a gripe H1N1.

De acordo com Steve, a esposa foi levada ao pronto-socorro do Clara Maass Medical Center, em Nova Jersey, para tratar uma tosse intensa e febre. Nenhum dos dois sabia, até então, que a mulher estava com Covid-19.

A respiração e a pressão arterial de Susan pioraram. Por causa disso, os médicos receitaram azitromicina e hidroxicloroquina, além de colocá-la em um ventilador pulmonar artificial. Cerca de 11 dias após ter sido admitida no hospital – o mesmo em que ela havia trabalhado por anos – a paciente teve uma parada cardíaca e morreu.

Jonathan Levitt, advogado de Steve, afirmou que registros de eletrocardiograma mostram que os medicamentos interromperam o ritmo cardíaco de Susan Cicala. “Agora já sabemos que a combinação desses dois remédios é mortal”, completou. “Ela foi colocada em um ventilador, o que, como se sabe, também apresenta alguns perigos substanciais.”

Compensação por danos

O governo dos EUA não divulga informações sobre reinvindicações feitas ao fundo, valor dos pagamentos indenizatórios ou o motivo de alguma reclamação ser negada. Segundo a Reuters, já foram feitas 48 reclamações neste ano, todas pendentes até o dia 16 de fevereiro. Em geral, as solicitações diziam respeito a ferimentos graves e mortes causadas por vacinas, ventiladores pulmonares artificiais e medicamentos. Todas estavam relacionadas a casos de Covid-19.

Veja como o coronavírus ataca o corpo:

6 imagens
1 de 6

Yanka Romao/Metrópoles
2 de 6

Yanka Romao/Metrópoles
3 de 6

Yanka Romao/Metrópoles
4 de 6

Yanka Romao/Metrópoles
5 de 6

Yanka Romao/Metrópoles
6 de 6

Yanka Romao/Metrópoles

 

 

Compartilhar notícia
Tá bombando
Últimas notícias
  • Teste editor

    Teste editor Receba notícias de Saúde e Ciência no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal de notícias do Metrópoles no WhatsApp. Para ficar por dentro de tudo sobre ciência e nutrição, veja todas as reportagens de Saúde.

  • Teste de post1

    Teste de post1 Receba notícias de Saúde e Ciência no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal de notícias do Metrópoles no WhatsApp. Para ficar por dentro de tudo sobre ciência e nutrição, veja todas as reportagens de Saúde.

  • three old ordered tests

    Fique por dentro! Receba notícias de Entretenimento/Celebridades no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal de notícias do Metrópoles no WhatsApp. Para ficar por dentro de tudo sobre o universo dos famosos e do entretenimento siga o perfil Metrópoles Fun no Instagram.

Compartilhar