Cientistas descobrem que existem 5 tipos diferentes de Alzheimer

Pesquisa feita na Holanda traz novas evidências sobre o Alzheimer que podem ser usadas na avaliação de medicamentos no futuro

atualizado 09/01/2024 16:53

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Ilustração colorida de uma cabeça com peças de quebra-cabeça Carol Yepes/Getty Images

Um grupo de cientistas holandeses anunciou, nesta terça-feira (9/1), uma descoberta que pode mudar a forma com que o Alzheimer é tratado. Eles afirmam que a doença tem pelo menos cinco tipos diferentes, por isso, alguns medicamentos podem ser mais ou menos eficazes para alguns pacientes.  A descoberta foi publicada nesta terça-feira (9/1), na revista Nature Aging.

O Alzheimer é uma doença com impacto devastador tanto para os pacientes quanto para os familiares à medida que evolui. Alterações na memória e na personalidade, perda da capacidade de realizar tarefas simples do cotidiano, e incontinência urinária e fecal são alguns dos sintomas desse quadro que afeta aproximadamente 1 milhão de pessoas no Brasil.

O desenvolvimento da doença está associada ao acúmulo de proteínas amiloide e tau no cérebro, mas também está relacionado a outros processos biológicos, como a inflamação e o crescimento de células nervosas

Os pesquisadores do Centro Médico da Universidade de Amsterdã (UMC, na sigle em inglês), Alzheimer Center Amsterdam, e Maastricht University examinaram 1.058 proteínas no líquido cefalorraquidiano de 419 pessoas diagnosticadas com Alzheimer.

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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista
Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce
Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano
Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença
Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns
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Alzheimer é uma doença degenerativa causada pela morte de células cerebrais e que pode surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomas

PM Images/ Getty Images
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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista

Andrew Brookes/ Getty Images
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Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce

Westend61/ Getty Images
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Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano

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Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença

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Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns

Kobus Louw/ Getty Images
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Segundo pesquisa realizada pela fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF), a presença de proteínas danificadas (Amilóide e Tau), doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética (APOE) podem estar relacionadas com o surgimento da doença

Rossella De Berti/ Getty Images
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O tratamento do Alzheimer é feito com uso de medicamentos para diminuir os sintomas da doença, além de ser necessário realizar fisioterapia e estimulação cognitiva. A doença não tem cura e o cuidado deve ser feito até o fim da vida

Towfiqu Barbhuiya / EyeEm/ Getty Images

Eles descobriram que existem cinco variantes biológicas neste grupo. A primeira delas é caracterizada pelo aumento da produção de proteína amilóide. Na segunda, a barreira hematoencefálica é rompida e há uma produção reduzida de amilóide e um menor crescimento de células nervosas.

Além disso, as variantes diferem no grau de síntese das proteínas, no funcionamento do sistema imunológico e no funcionamento do órgão que produz o líquido cefalorraquidiano.

De acordo com os pesquisadores, os pacientes com diferentes variantes do Alzheimer também apresentaram diferenças em outros aspectos da doença, como a rapidez com que ela evolui.

Essas descobertas sugerem que os medicamentos só funcionam para uma variante da doença. Ou seja, os que inibem a produção de amilóide funcionam para pessoas com a variante com produção aumentada de amilóide, mas podem ser prejudiciais para aqueles com a variante com produção diminuída de amilóide.

A próxima etapa do estudo será investigar essa suspeita, para entender se as variantes do Alzheimer reagem de forma diferente aos medicamentos.

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