Cientistas apontam mais um sintoma pouco conhecido da Ômicron

Segundo especialistas, dores incomuns nas costas, sem gatilho conhecido e acompanhadas de outros sinais, podem indicar infecção pela Ômicron

atualizado 04/02/2022 17:11

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Divulgação

À medida que a Ômicron se espalha pelo mundo e provoca o aumento de casos da Covid-19 em vários países, especialistas descobrem novas características da contaminação provocada pela cepa. O aplicativo epidemiológico Zoe Symptom Study App, do Reino Unido, é uma das principais ferramentas para analisar o quadro clínico de pacientes infectados pela variante, e uma recente atualização mostra o surgimento de mais um sintoma que pode estar associado à essa versão do coronavírus.

De acordo com os dados obtidos pelo levantamento, uma em cada cinco pessoas infectadas pela variante apresenta dor lombar durante o período de contaminação. Os especialistas responsáveis pelo aplicativo sugerem que sentir dores incomuns nas costas, sem gatilho conhecido e acompanhadas de outros sinais, pode indicar a presença do coronavírus no organismo.

Segundo os cientistas, a dor lombar afeta 19% dos pacientes, em média, e ocupa o 17º lugar na lista de sintomas mais comuns da Ômicron. Dessa forma, esse tipo de incômodo torna-se mais frequente do que a dor no peito (16%), perda de apetite (18%) e glândulas inchadas (18%). Para o líder do estudo, Tim Spector, a descoberta do novo sintoma ainda é recente. O profissional enfatiza que os cinco principais sinais da Covid-19 ainda são: coriza (74%), dor de cabeça (68%), fadiga (63%), dor de garganta (63%) e espirros (61%).

No início de dezembro de 2021, médicos na África do Sul alertaram que a dor lombar poderia ser um sinal da presença da Ômicron, mas só agora a hipótese foi constatada por uma das principais ferramentas de estudo da Europa. Durante live no Youtube, o professor Spector afirma que “os relatórios mostraram que a dor lombar está ocorrendo com frequência, e por isso, foi divulgada como uma das opções de manifestação da doença”.

O Serviço Nacional de Saúde (NHS) do Reino Unido e a equipe do King’s College London, que conduz o estudo, ainda não adicionaram a dor lombar à lista completa e oficial de sintomas da Covid-19.

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Em relação à virulência da cepa, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo. Contudo, ainda que menos grave, o fato de a variante se espalhar mais rápido tem sobrecarregado os sistemas de saúde
Por isso, saber identificar os principais sintomas da doença é necessário para assegurar sua saúde e de quem você ama
<strong>Febre, dor constante na cabeça e garganta, calafrios, tosse, dificuldade para respirar e elevação na frequência cardíaca</strong> em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas pela Ômicron
Além desses sintomas, é importante desconfiar da infecção por Covid-19 se apresentar <strong>fadiga</strong> -- apontado em estudos como um sinal precoce da infecção pela variante Ômicron e que tem sido confundido com outras condições
<strong>Dores musculares</strong> por todo o corpo também é comum. É um sinal de que o organismo está tentando combater o vírus
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Com cerca de 50 mutações e presente em mais de 140 países, a Ômicron é considerada a variante mais infecciosa e tem sido a responsável pela terceira onda da Covid no mundo

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Em relação à virulência da cepa, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo. Contudo, ainda que menos grave, o fato de a variante se espalhar mais rápido tem sobrecarregado os sistemas de saúde

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Por isso, saber identificar os principais sintomas da doença é necessário para assegurar sua saúde e de quem você ama

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Febre, dor constante na cabeça e garganta, calafrios, tosse, dificuldade para respirar e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas pela Ômicron

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Além desses sintomas, é importante desconfiar da infecção por Covid-19 se apresentar fadiga -- apontado em estudos como um sinal precoce da infecção pela variante Ômicron e que tem sido confundido com outras condições

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Dores musculares por todo o corpo também é comum. É um sinal de que o organismo está tentando combater o vírus

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Perda do apetite pode aparecer. Estudos apontam que este é um sintoma recorrente entre os pacientes infectados pelas variantes Delta e Ômicron

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Dor abdominal, diarreia, náusea ou vômito são outros sintomas que podem surgir.

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Ômicron

Uma série de estudos mostra que a Ômicron é mais suave do que outras cepas – o que se deve, em grande parte, ao efeito das vacinas que aumentam a imunidade. Dados do Reino Unido afirmam que três doses de vacina são altamente protetoras contra a hospitalização por causa da variante, mas duas doses não são consideradas suficientes. O especialista considera que a cepa é pior que um resfriado, mas menos letal que outras variantes, como a Delta e Alfa.

“A contaminação da Ômicron dura menos tempo. Um terço dos casos se recupera em três dias, em comparação com 15% com a Delta. E, atualmente, 70% das pessoas com a variante se recuperam em uma semana, em oposição a 44% dos pacientes com Delta”, diz Spector. Ele acrescenta que alguns sinais da doença relacionados ao cérebro, como a confusão mental, parecem ser menos comuns com a nova cepa.

Apesar disso, novos sintomas, como suores noturnos e garganta arranhando, foram associados à infecção: “Os sinais são muito mais comuns agora com a Ômicron do que com outras variantes. Então, dores de garganta são um sintoma realmente importante da variante”, disse o professor.

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