Banho de sol íntimo: veja os perigos de expor os genitais à luz solar

Dermatologistas revelam que a tendência do TikTok de tomar banho de sol na região perineal faz mal à pele e não há comprovação de benefícios

atualizado 02/09/2022 13:31

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Sol - pelada Getty Images

O banho de sol é uma forma comprovada de estimular a produção natural de vitamina D e ativar a melanina na pele, além de ser benéfica para o bem-estar. Mas a prática tem ganhado proporções inusitadas nos últimos anos com a popularização de influenciadoras adeptas à exposição solar do períneo (região que engloba desde o ânus até a genital).

No TikTok, vídeos que recomendam a exposição das genitais em direção ao sol já contam com milhões de visualizações e têm como objetivo “aumentar as vibrações”, melhorar o humor e até mesmo a libido. As influenciadoras indicam tirar as roupas íntimas e posicionar-se de modo que a região perianal fique diretamente exposta ao sol no intervalo de dois a cinco minutos.

Segundo as adeptas da prática, expor a região à luz solar faz com que a energia natural do sol seja absorvida. A ideia é de que o estímulo da luz também auxilie no sono, na concentração e na criatividade.

“As pessoas sempre me perguntam como eu estou feliz o tempo todo. Tomar sol nos orifícios por dois minutos durante o dia vai aumentar suas vibrações”, afirmou a criadora de conteúdo Lauren K., em um vídeo publicado no TikTok em junho deste ano. A influenciadora acrescentou que a recomendação não é uma indicação médica, e reconhece que é controversa.

De acordo com a dermatologista Natália Medeiros, existem limites para os benefícios do sol para a saúde humana. “Essa prática não é recomendável e não existe comprovação científica dos supostos benefícios. A região do períneo é bastante sensível e, se eu fosse aconselhar alguém sobre isso, diria para não tentar em casa ou, mais especificamente, ao ar livre”, afirma a médica.

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A exposição solar exagerada e desprotegida ao longo da vida, além dos episódios de queimadura solar, é o principal fator de risco do câncer de pele. Segundo o Inca, existem diversos tipos da doença, que geralmente são classificados como melanoma e não-melanoma
Os casos de não-melanoma são mais frequentes e apresentam altos percentuais de cura. Além disso, esse é o tipo mais comum em pessoas com mais de 40 anos e de pele clara
O melanoma, por sua vez, tem menos casos registrados e é mais grave, devido à possibilidade de se espalhar para outras partes do corpo. Por isso é importante fazer visitas periódicas ao dermatologista e questionar sobre sinais suspeitos
Apesar de ser um problema de saúde que pode afetar qualquer pessoa, há perfis que são mais propensos ao desenvolvimento do câncer de pele, tais como: ter pele, cabelos e olhos claros, histórico familiar da doença, ser portador de múltiplas pintas pelo corpo, ser paciente imunossuprimido e/ou transplantado
Segundo especialistas, é importante investigar sempre que um sinal ou pinta apresentar assimetria, borda áspera ou irregular, duas ou mais cores, ter diâmetro superior a seis milímetros, ou mudar de tamanho com o tempo. Todos esses indícios podem indicar a presença de um melanoma
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O câncer de pele é o tipo de alteração cancerígena mais incidente no país, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). A enfermidade pode aparecer em qualquer parte do corpo e, quando identificada precocemente, apresenta boas chances de cura

Peter Dazeley/Getty Images
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A exposição solar exagerada e desprotegida ao longo da vida, além dos episódios de queimadura solar, é o principal fator de risco do câncer de pele. Segundo o Inca, existem diversos tipos da doença, que geralmente são classificados como melanoma e não-melanoma

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Os casos de não-melanoma são mais frequentes e apresentam altos percentuais de cura. Além disso, esse é o tipo mais comum em pessoas com mais de 40 anos e de pele clara

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O melanoma, por sua vez, tem menos casos registrados e é mais grave, devido à possibilidade de se espalhar para outras partes do corpo. Por isso é importante fazer visitas periódicas ao dermatologista e questionar sobre sinais suspeitos

JUAN GAERTNER/SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images
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Apesar de ser um problema de saúde que pode afetar qualquer pessoa, há perfis que são mais propensos ao desenvolvimento do câncer de pele, tais como: ter pele, cabelos e olhos claros, histórico familiar da doença, ser portador de múltiplas pintas pelo corpo, ser paciente imunossuprimido e/ou transplantado

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Segundo especialistas, é importante investigar sempre que um sinal ou pinta apresentar assimetria, borda áspera ou irregular, duas ou mais cores, ter diâmetro superior a seis milímetros, ou mudar de tamanho com o tempo. Todos esses indícios podem indicar a presença de um melanoma

kali9/Getty Images
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Os primeiros sinais de não-melanona tendem a ter aparência de um caroço, mancha ou ferida descolorida que não cicatriza e continua a crescer. Além disso, pode ter ainda aparência lisa e brilhante e/ou ser parecido com uma verruga

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O sinal pode causar coceira, crostas, erosões ou sangramento ao longo de semanas ou até mesmo anos. Na maioria dos casos, esse câncer é vermelho e firme e pode se tornar uma úlcera. As marcas são parecidas com cicatrizes e tendem a ser achatadas e escamosas

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O câncer de pele geralmente aparece em partes do corpo onde há maior exposição ao sol, estando muito associada à proteção inadequada com filtros solares

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De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, o não-melanona tende a ser completamente curado quando detectado precocemente. Ele raramente se desenvolve para outras partes do corpo, mas se não for identificado a tempo, pode ir para camadas mais profundas da pele, dificultando o tratamento

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O diagnóstico do câncer de pele é feito pelo dermatologista por meio de exame clínico. Em determinadas situações, pode ser necessária a realização do exame conhecido como "Dermatoscopia", que consiste em usar um aparelho que permite visualizar camadas da pele não vistas a olho nu. Em situações mais específicas é necessário fazer a biópsia

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Segundo o Ministério da Saúde, “a cirurgia oncológica é o tratamento mais indicado para tratar o câncer de pele para a retirada da lesão, que, em estágios iniciais, pode ser realizada sem internação”

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Ainda segundo a pasta, “nos casos mais avançados, porém, o tratamento vai variar de acordo com a condição em que se encontra o tumor, podendo ser indicadas, além de cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia”

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Entre as recomendações para a prevenção do câncer de pele estão: evitar exposição ao sol, utilizar óculos de sol com proteção UV, bem como sombrinhas, guarda-sol, chapéus de abas largas e roupas que protegem o corpo. Além, é claro, do uso diário de filtro solar com fator de proteção solar (FPS) 15 ou mais

franckreporter/Getty Images

A prática também acende o alerta a respeito dos riscos de desenvolvimento do câncer de pele, pois um dos fatores de risco é a exposição constante e desprotegida da derme à luz solar. De acordo com a dermatologista Luanna Caires, a pele fina da região do períneo aumenta as chances de queimaduras e manchas, acelerando o envelhecimento e o escurecimento da pele e podendo levar ao desenvolvimento de câncer.

Ou seja, ao contrário do que é exposto nas redes, há contraindicação a respeito do banho de sol íntimo. A dermatologista indica que não é preciso tirar a roupa e ficar com as pernas abertas para obter os benefícios da luz solar, e que tomar sol em qualquer outra parte do corpo já provoca os benefícios apontados pelas influenciadoras.

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