Alzheimer pode ter como sintoma uma mudança no olfato, diz estudo

Uma pesquisa mostrou que pessoas com predisposição genética ao Alzheimer, como o ator Chris Hemsworth, podem perder o olfato mais rápido

atualizado 27/07/2023 13:47

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Foto mostra mulher abrindo pote de vidro de pequeno tamanho e aproximando-o de seu nariz - Metrópoles - cheiro Getty Images

A perda do olfato pode ser um dos primeiros sinais de Alzheimer a se manifestar no corpo. Segundo um estudo realizado por neurocientistas da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, a perda da capacidade de sentir cheiros ou de diferenciá-los é uma das primeiras manifestações da doença.

O sintoma é especialmente comum em quem tem um dos genes de risco de desenvolvimento da demência, como o ator Chris Hemsworth, que interpreta o personagem Thor, da Marvel. Segundo a investigação, pessoas que têm o alelo APOE4 em seu DNA são as mais suscetíveis a sofrer a perda olfativa logo no começo do Alzheimer.

O neurologista Matthew S. GoodSmith, autor principal do estudo, avalia que a partir desta descoberta será possível criar testes de olfato para prever o desenvolvimento do Alzheimer.

“Testar a capacidade de uma pessoa de detectar odores pode ser uma maneira útil de prever futuros problemas de cognição. Esses resultados podem ser promissores, especialmente em estudos com o objetivo de identificar indivíduos com risco de demência no início da doença”, diz GoodSmith.

A pesquisa foi publicada nessa quarta-feira (26/7) na revista científica Neurology. Ela avaliou os casos de 865 pessoas: as com o gene tinham uma tendência de ter resultados 37% piores em testes de avaliação de odores, com a capacidade se reduzindo a partir dos 65 anos. Indivíduos sem o gene APOE4 só enfrentaram a perda de olfato 10 anos depois, e com declínio muito mais lento.

Isso ocorre por conta das inflamações que o cérebro passa em decorrência da doença. Quando alguém tem Alzheimer, a composição de proteínas no cérebro se modifica, com o acúmulo da proteína amilóide. A hipótese é que as pessoas com esta variação genética tenham a formação das placas de proteínas justamente na área do cérebro relacionada ao olfato.

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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista
Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce
Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano
Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença
Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns
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Alzheimer é uma doença degenerativa causada pela morte de células cerebrais e que pode surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomas

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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista

Andrew Brookes/ Getty Images
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Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce

Westend61/ Getty Images
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Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano

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Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença

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Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns

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Segundo pesquisa realizada pela fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF), a presença de proteínas danificadas (Amilóide e Tau), doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética (APOE) podem estar relacionadas com o surgimento da doença

Rossella De Berti/ Getty Images
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O tratamento do Alzheimer é feito com uso de medicamentos para diminuir os sintomas da doença, além de ser necessário realizar fisioterapia e estimulação cognitiva. A doença não tem cura e o cuidado deve ser feito até o fim da vida

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