Vídeo: grávida cega sente rosto de bebê em impressão 3D após ultrassom

Grávida, a turismóloga Mellina Reis é cega e teve a oportunidade de sentir o rosto da filha em impressão 3D após ultrassom na 26ª semana

atualizado 12/12/2023 22:30

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Imagem mostra mulher com celular na mão filmando uma mulher grávida sentada em poltrona - Metrópoles MellinaReis/Arquivo Pessoal

São Paulo — A turismóloga Mellina Reis, de 40 anos, é cega, está grávida e teve a oportunidade de sentir o rosto de sua filha pela primeira vez após um ultrassom realizado na 26ª semana de gestação. Isso só foi possível porque a imagem do bebê foi replicada por uma impressora 3D.

“Toquei o nariz, a boquinha, o queixinho, a bochecha, já conseguindo saber como é a minha filha ainda no útero. Foi muito emocionante”, diz Mellina.

Mellina é conhecida pelo perfil “4 Patas Pelo Mundo” nas redes sociais. Lá, ela sempre compartilhou suas viagens ao lado de um cão-guia, Hilary.

Sobre a moldura com o rosto da filha, que se chamará Sofia e tem o nascimento previsto para fevereiro, Mellina diz que é algo muito importante, porque a aproxima da experiência que pessoas grávidas com visão já têm ao ver o bebê.

“Poder ter a oportunidade de tocar, que é a forma como a gente enxerga, é importante porque a gente cria [a imagem] de uma forma mais fiel”, diz.

A entrega do molde com o rosto da criança foi realizada pelo marido de Mellina, o administrador Renato Durval, 42 anos, que também estava bastante emocionado.

Como funciona

De acordo com o laboratório Alta Diagnósticos, responsável pelo exame de Mellina, foram 26 moldes desde 2011, quando teve início o projeto para grávidas. “Na maior parte, o casal era deficiente visual”.

“Ao longo desses anos eles se beneficiaram dessa tecnologia. Isso aqui no Brasil. Também já fizemos uns dois casos nos EUA e um caso também na Europa”, diz um dos idealizadores do projeto, o ginecologista e obstetra Heron Werner.

Segundo o laboratório, a impressão 3D do rosto do bebê em tamanho natural pode ser feita da melhor forma a partir da 26ª semana de gravidez.

Werner afirma que são feitas pesquisas para obtenção de imagens de maneira não-invasiva em exames em grávidas com o uso de impressoras 3D.

Estudos sobre moldes em 3D começaram a ser realizados em 2007, após um trabalho em conjunto com o Museu Nacional do Rio de Janeiro.

Segundo Werner, os primeiros resultados saíram em 2008, com publicação científica mostrando que era possível a impressão 3D do feto a partir de um exame de ressoância magnética e ultrassom. A oferta aos pais começou a ser feita em 2011.

O laboratório Alta Diagnósticos, onde Mellina fez o ultrassom, não cobra nada de deficientes visuais. Para pessoas que enxergam, a impressão em 3D do rosto do bebê custa R$ 350 e o prazo para recebimento é de sete dias.

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