São Paulo — A Polícia Militar teve de intervir para evitar um “congestionamento de campanhas” na região central no início da tarde desta sexta-feira (16/8). Os policiais “seguraram” o avanço da primeira passeata da campanha do prefeito Ricardo Nunes (MDB) para que o ato não cruzasse com a caminhada do adversário Guilherme Boulos (PSol) no centro velho de São Paulo, causando empurra-empurra entre os apoiadores do prefeito (veja abaixo). Ninguém ficou ferido.
Nunes havia começado a passeata na Rua XV de Novembro e andado pelo calçadão do centro. Na Rua Boa Vista, completamente lotada, o ato – engrossado por candidatos a vereador e servidores em horário de almoço – teve de ser desacelerado, causando princípio de tumulto.
A ação da PM, porém, deu resultado e os grupos não se encontraram.
Antes de ir para o centro, Nunes estreou sua campanha de rua participando de uma missa na zona sul da cidade. Na ocasião, ele reagiu ao elogio feito pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que o apoia, ao adversário Pablo Marçal (PRTB).
Bolsonaro disse que que Nunes não é seu “candidato dos sonhos”, mas enfatizou que apoia a reeleição do emedebista após aliança feita pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Sobre Marçal, o ex-presidente disse que “é uma pessoa inteligente” e “tem suas virtudes”.
Nunes disse ainda que “vender sonho é para outro candidato” e que ele trabalha com a realidade.
Boulos também iniciou a campanha na zona sul, ao lado de sua candidata a vice, Marta Suplicy. Em conversa com jornalistas, o candidato do PSol afirmou que não vai cair em “jogo rebaixado” do seu adversário, Pablo Marçal, que o acusa de ser usuário de cocaína.
“O que eu ouvi lamentavelmente, nos dois debates que tiveram até aqui, foi uma tentativa de rebaixamento, de uso de mentiras para poder evitar propostas. Eu vou seguir nos debates apresentando propostas para o povo de São Paulo”, disse Boulos.
