Trem e metrô funcionam normalmente nesta 4ª após greve ser cancelada

Greve das linhas 11, 12 e 13 da CPTM foi cancelada após assembleia nessa terça (25/3). Todas as linhas da CPTM e do Metrô operam normalmente

atualizado 26/03/2025 11:49

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Estação Dom Bosco da CPTM - Metrópoles Divulgação/CPTM

São Paulo — As linhas de trem da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) funcionam normalmente após os ferroviários de São Paulo cancelarem a greve das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, que tinha início previsto para a meia-noite desta quarta-feira (26/3). Todas as linhas do metrô também operam sem ocorrências nesta manhã.

Em assembleia realizada na noite dessa terça-feira (25/3), na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil (STEFZCB), no Brás, região central da capital paulista, foram 23 votos contrários à greve e outros 20 a favor da paralisação — motivada pela concessão das três linhas para a iniciativa privada –, além de quatro abstenções.

O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) pretende fazer o leilão nesta sexta-feira (28/3) na B3. O programa de privatizações é uma das apostas do governador como vitrine de sua gestão – no caso da CPTM, é um desafio antigo aproximar o serviço da qualidade do metrô. Em resposta, o governador enfrenta como obstáculos a oposição de sindicatos, da esquerda e também o histórico de outras linhas privatizadas na CPTM.

Na reunião, ferroviários e apoiadores aceitaram a “cláusula de paz” oferecida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2). Pela proposta, a paralisação será suspensa até a sexta, data do leilão.

Enquanto isso, os empregados seriam autorizados a fazer assembleias nas estações para conscientizar a população sobre as ameaças aos postos de trabalho que entendem haver com a concessão das linhas. O sindicato propôs que os trabalhadores usem vestimentas de cor preta nesses dias como forma de protesto, o que foi aceito pela empresa.

Assembleia teve momentos de tensão

Com gritos contra o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e contra as privatizações das linhas, a reunião contou com centenas de apoiadores que, segundo relatos dos trabalhadores presentes ao encontro, também vieram de outros estados. A conversa definitiva foi feita entre os próprios ferroviários. Veja:

Antes da votação, um conflito entre o líder dos ferroviários e o líder dos metroviários debatendo a participação de apoiadores na votação esquentou os ânimos entre os participantes da reunião.

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Ferroviários que atrapalham nas linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade da CPTM fazem assembleia por greve da categoria4
Ferroviários que atrapalham nas linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade da CPTM fazem assembleia por greve da categoria
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Ferroviários favoráveis à greve devem fazer um abaixo-assinado no qual alegam que a assembleia feriu o estatuto do sindicato, pois não reuniu 2% dos sindicalizados. Caso obtenha 300 assinaturas, o grupo provocará uma nova assembleia — que deverá ser marcada para a próxima quinta (27/3) e com expectativa de começar a greve a partir da 0h de sexta (28/3).

Reunião de conciliação no TRT-2

Horas antes da assembleia, durante a tarde dessa terça, a categoria havia participado de audiência de conciliação no TRT-2. Os ferroviários analisaram a cláusula de paz temporária, sugerida pelo vice-presidente judicial do Tribunal, desembargador Francisco Ferreira Jorge Neto.

Aprovada, a proposta vale de 0h de quarta (26/3) até às 23h59 de sexta (28/03) e prevê o comparecimento normal dos trabalhadores em seus postos durante esse período.

Já a CPTM se compromete a acionar o Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência (Paese); deixar à disposição trabalhadores da área administrativa para apoio nas estações; e remanejar as linhas 7-Rubi e 10-Turquesa para o transporte dos passageiros.

Além disso, com a concordância das partes, houve a conversão do processo para dissídio coletivo de greve e foi concedido prazo de 24 horas para a empresa aditar a petição inicial e, ato contínuo, 48 horas para o sindicato apresentar a defesa e a pauta de reivindicações.

Por fim, o desembargador Francisco Ferreira Jorge Neto reforçou que a greve é direito constitucional, cabendo aos trabalhadores decidir a oportunidade, o motivo e o momento deste exercício, observadas as regras legais.

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