São Paulo – Foragido da Justiça pelo homicídio de um guarda civil municipal em Carapicuíba, na região metropolitana, Jonathan Santos de Souza, de 32 anos, foi preso na região do Rio Pequeno, zona oeste de São Paulo, por volta das 14h dessa segunda-feira (7/10).
Apesar de a lei eleitoral, que restringe prisões, ainda estar vigorando, policiais civis de Carapicuíba conseguiram cumprir o mandado pelo fato de o criminoso “não ser eleitor”, de acordo com os registros oficiais.
“Considerando que há a vedação do cumprimento de mandados de prisão no período posterior a 48 horas da realização do pleito eleitoral, em casos de prisão preventiva e temporária, foram procedidas pesquisas em sistemas do TRE [Tribunal Regional Eleitoral] e constatou-se que Jhonatan não é eleitor, motivo pelo qual foram devidamente cumpridos os mandados de prisão”, diz documento policial, mencionando o primeiro turno das eleições, ocorrido no domingo (6/10), um dia antes da prisão.
A Vara Criminal de Carapicuíba havia expedido dois mandados de prisão, um temporário e outro preventivo, pelo assassinato do GCM Anderson Fábio Mateus Pereira, de 38 anos.
Jonathan foi detido quando policiais da Grande São Paulo investigavam o tráfico de drogas e, assim que o abordaram, constataram os pedidos de prisão pelo homicídio.
A defesa dele não foi localizada pelo Metrópoles. O espaço segue aberto para manifestações.
O assassinato
Os GCMs Anderson Fábio Mateus Pereira e Renard de Sá Pinto da Fonseca foram alvo de tiros quando realizavam uma incursão em um ponto de venda de drogas, em 15 de maio do ano passado, na cidade de Carapicuíba.
Anderson foi ferido com um tiro na cabeça e Renard com outro, na região do coração. O disparo foi contido pelo colete à prova de balas dele.
Anderson Fábio foi levado para um hospital da região, mas não resistiu. O atirador fugiu nesse meio tempo. O outro guarda foi atendido e liberado.
