São Paulo – O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, afirmou nesta segunda-feira (9/1) no Centro de Operações da Polícia Militar, que PP paulista usará o diálogo para desmobilizar o acampamento bolsonarista montado na frente do Comando Militar do Sudeste, quartel-general do Exército no Estado.
Derrite afirmou ainda que há 34 acampamentos desses grupos espalhados pelo Estado, e que a mesma estratégia será usada em todos eles. “Aqui em São Paulo, garanto para vocês, a manifestação não guarda relação com o que o ocorreu em Brasília”, disse o secretário.
“A gente vai, através do diálogo, informar os manifestantes que existe a ordem judicial de desmobilização dos acampamentos. Então, isso vai acontecer”, afirmou Derrite.
“Nós temos 24 horas para que essa ordem judicial seja cumprida e ela será cumprida com a maior tranquilidade possível, justamente por ter a certeza de que os manifestantes em São Paulo estão realizando suas manifestações de forma pacífica”, complementou o secretário.
A desmobilização dos acampamentos é uma determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes decorrente dos atos de terrorismo ocorridos na tarde deste domingo (8/1) em Brasília.
“A gente vai cumprir a ordem judicial, mas a maneira com que ela vai ser cumprida acho que vai ser o diferencial aqui em São Paulo. (O confronto) Não é intenção das forças de segurança. É uma orientação do nosso governador que isso seja feito de maneira pacífica e entendo que assim será”, complementou Derrite.
Derrite afirmou que as forças de segurança paulista montaram ainda na noite de domingo um Gabinete de Comando e Controle para monitorar as ações de bolsonaristas no Estado.
A PM agiu para desobstruir trecho da Rodovia Anhanguera, no km 148, em Limeira, que havia sido bloqueado por manifestantes, mas não fez prisões. Ele comentou ainda a ação de um grupo encapuzado que bloqueou a Marginal do Tietê, na Altura da Ponte dos Remédios, que bloqueou a via ateando fogo em pneus que pegaram de uma borracharia nas proximidades.
“Pegaram os pneus, atearam fogo e saíram. Não houve nenhum tipo de prisão porque não eram manifestantes que estavam ali parados. Claro que Polícia Civil via investigar, está buscando o setor de monitoramento de câmaras para ver se identifica os autores, mas foi algo ali muito rápido”, afirmou o secretário.