Resgatados em Mianmar voltam ao Brasil em 15 dias, diz mãe de vítima

Cleide Viana, mãe de Luckas Kim, afirmou que o Governo disse que as vítimas de tráfico humano devem retornar ao Brasil de 10 a 15 dias

atualizado 12/02/2025 16:47

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Imagem colorida de dois homens em pé. Metrópoles Arquivo Pessoal

São Paulo — Luckas Kim, paulista resgatado após ser vítima de tráfico humano em Mianmar, deverá retornar ao Brasil em um prazo de 10 a 15 dias, afirmou a mãe da vítima, Cleide Viana, ao Metrópoles.

Segundo ela, o filho será repatriado após a liberação de alguns documentos, como passaporte e passagens. Ainda de acordo com a mãe, o governo do Brasil afirmou que a regularização deve demorar de 10 a 15 dias.

O Metrópoles procurou o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) sobre a data estipulada. Em nota, o órgão afirmou que prestou assistência aos dois brasileiros liberados e que está tomando as providências necessárias para a repatriação de ambos. Porém, em razão do direito à privacidade, o Itamaraty não fornece informações sobre casos individuais.

Além de Luckas, também era vítima do crime o paulista Phelipe de Moura Ferreira. Ambos foram resgatados no último final de semana (8 e 9/2) por uma Organização Não-Governamental (ONG), no leste asiático.

Um vídeo obtido pela reportagem mostra os dois já resgatados. Além deles, diversas pessoas dividem o espaço.

Veja:

 

Imagem colorida de dois homens em pé. Metrópoles
Paulistas vítimas de tráfico humano em Mianmar são resgatados. À esquerda Luckas Viana dos Santos e à direita Phelipe de Moura Ferreira

Entenda o caso

  • Luckas já vivia na Ásia — em Bangkok, na Tailândia –, mas foi enganado com falsas promessas de emprego e levado a Mianmar.
  • Em entrevista ao Metrópoles, a mãe do rapaz, Cleide Viana, contou que ficou sabendo das condições de exploração do filho após uma ligação de cerca de quatro minutos, realizada no dia 27 de outubro.
  • Segundo a mulher, ele estava “sendo explorado, torturado e forçado a cometer crimes contra a própria vontade”.
  • Após o contato em outubro, ela afirmou que não recebeu mais notícias e, então, passou a mandar e-mails para a Embaixada de Mianmar, Itamaraty, deputados e até uma carta para o presidente Lula.
  • Lucas teria ligado para a mãe novamente no dia 8 de dezembro e contou que seus “chefes” exigiram 20 mil dólares (cerca de R$ 122 mil) para liberá-lo. Por isso, ela abriu uma vaquinha online para arrecadar dinheiro e resgatar o filho.
  • O valor obtido, segundo a mulher, também ajudaria a custear passagens, apoio jurídico, traduções e “até negociações com intermediários”.
  • O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) afirmou, em nota, no dia 17 de dezembro, que acompanhava o caso e que estava em contato com as autoridades competentes, incluindo policiais e familiares de Luckas.
  • No posicionamento, a pasta disse ainda que, nas semanas anteriores, havia realizado diversas gestões junto ao governo de Mianmar, com vistas a resgatar o paulista, operação que é de competência dos policiais locais, segundo o MRE.
  • Cleide afirmou, no início de janeiro, que esteve em contato com a embaixada brasileira. O órgão a teria informado estar em negociação com o país asiático.
  • “Eles falam que é um lugar perigoso e tem que ter cuidado nas negociações para não prejudicar os meninos”, disse.
  • Em nota enviada nesta terça (11/2), o Itamaraty afirmou que tomou conhecimento, com grande satisfação, da liberação dos dois brasileiros vítimas de tráfico de pessoas na fronteira entre Mianmar e Tailândia.
  • A pasta também afirmou que, por meio de suas Embaixadas em Yangon, no Myanmar, e em Bangkok, na Tailândia, vinha solicitando os esforços das autoridades competentes, desde outubro do ano passado, para a liberação dos nacionais.
“O tema foi também tratado pela Embaixadora Maria Laura da Rocha, na ocasião na qualidade de Ministra substituta, durante a IV Sessão de Consultas Políticas Brasil-Myanmar, realizada em Brasília, em 28 de janeiro último. Em suas gestões, a Embaixadora Maria Laura da Rocha reforçou a necessidade de esforços contínuos para localizá-los e resgatá-los. O setor consular do Itamaraty manteve, ainda, contato permanente com as famílias”, diz a nota.

O Metrópoles contatou a ONG The Exodus Road, responsável pelos resgastes, e aguarda uma resposta.

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