Promotoria mira “conteiros” usados por quadrilhas do Pix em sequestros

Segundo MPSP, pessoas que alugam contas bancárias para quadrilhas do Pix, os "conteiros", podem responder pelo crime de sequestro

atualizado 03/03/2023 22:19

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Celular com aplicativo do Pix aberto - Metrópoles Hugo Barreto/Metrópoles

São Paulo – O Ministério Público de São Paulo (MPSP) estuda medidas junto aos bancos para combater os “conteiros”, como são chamadas pessoas que alugam contas bancárias para quadrilhas especializadas em sequestros e extorsão por meio de transferências pelo Pix.

Após reunião entre o MPSP e representantes da Federação Nacional de Bancos (Febraban) realizada na sexta-feira (3/3) em São Paulo, o promotor Marcelo Luiz Barone afirmou que esse é um dos principais desafios para se combater esse tipo de crime, que tem crescido de forma expressiva no estado.

“São pessoas comuns cooptadas. Ocorre em comunidades e pela rede social. Eles miram aqueles que estão precisando de dinheiro”, afirmou Barone. Segundo o promotor, os valores oferecidos variam de R$ 100 a R$ 500.

Ele explica ainda que, nesses casos, a pessoa abre uma conta ou fornece uma já existente. “O dinheiro (da vítima) às vezes já é sacado na hora (pelos sequestradores). Às vezes são vários saques”, diz o promotor.

Segundo o Ministério Público, aqueles que fornecem as contas para serem usadas em sequestros, mesmo que não saibam a finalidade, também podem ser processados pelo crime de extorsão mediante sequestro.

“Aquele sujeito que fornece a conta responde pela mesma pena daquele que está extorquindo. Se a conta é usada para transferir o dinheiro da vitima, esse sujeito que fornece a conta pode pegar até 18 anos de cadeia”, afirmou Barone.

Ainda de acordo com a promotoria, em alguns casos, as própria vítimas são usadas como “laranjas” e são obrigadas, sob ameaça, a abrir um nova conta digital no momento do sequestro, para onde o dinheiro extorquido é transferido e, posteriormente, sacado pelos criminosos.

Medidas discutidas

Na reunião entre os promotores e a Febraban, foram discutidas possíveis regulamentações no sentido de coibir ou, ao menos, dificultar as ações dos sequestradores.

Uma delas é a possibilidade de tornar obrigatóriaa a geolocalização das transferências via Pix. Com isso, os dados seriam compartilhados com a polícia, que poderia rastrear possíveis sequestros.

De acordo com o Ministério Público, uma frente de trabalho foi montada e outras reuniões serão feitas ainda neste mês.

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