São Paulo — A Corregedoria da Polícia Militar (PM) afastou todos os seis policiais militares envolvidos na abordagem que resultou na agressão e no apontamento de uma arma de fogo contra o rosto de um homem rendido, na madrugada da última sexta-feira (21/2), na Vila Ema, zona leste de São Paulo.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou a informação, em nota. Além disso, a pasta afirmou que a abordagem dos agentes não condiz com os protocolos da Polícia Militar e que, por isso, instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar o ocorrido.
Ainda de acordo com a SSP, mesmo o uso das câmeras corporais ter sido considerado correto na ação, os equipamentos também serão investigados.
Ameaças e agressões
- Um vídeo feito com celular flagrou o momento em que um policial militar agride e aponta uma arma de fogo contra o rosto de um homem.
- A vítima já estava rendida, com mãos para trás e encontrado em um muro.
Veja:
- Pelas imagens é possível um policial de boina insinuando que o provável suspeito, acompanhado de mais de três homens, estaria envolvido com o tráfico de drogas.
- Posteriormente, o agente desfere um tapa no rosto do abordado, dizendo “não gostar de mentiroso” e querendo saber quem fazia parte do “movimento” [tráfico de drogas].
“Quer continuar apanhando, você não é homem, é moleque, só dou tapa na cara de moleque. Pega a arma que eu vou matar ele”, afirma o policial, que chama novamente o abordado de moleque, enquanto encosta a arma no rosto dele “tem que ser na cara [o tiro] para estragar o velório”, ameaça.
- O PM segue falando de forma violenta com o abordado, sem deixar de encostar a arma no rosto dele, até a testemunha se ocultar atrás de um muro e o registro ser interrompido.
