Pesquisa da USP identifica cocaína no mar do litoral de São Paulo

Cafeína e remédios estão entre os 15 componentes químicos achados na água em Ubatuba. A hipótese é de que chegam por meio de fezes e urina

atualizado 12/12/2024 21:12

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Ubatuba Prefeitura Municipal de Ubatuba/Divulgação

São Paulo – Uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), publicada neste ano, identificou 15 componentes químicos de diferentes concentrações no mar do litoral norte paulista. Mais especificamente, em Ubatuba, foram encontrados elementos como cocaína e cafeína.

Assinado pela doutora em ciências Luciana Frazão, do Instituto de Oceanografia, o estudo analisou amostras da água marítima. A principal suspeita acadêmica é de que as substâncias tenham chegado ao oceano pelo esgoto, por meio de urina e fezes humanas.

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Além de resquícios de cocaína na água, uma das análises indicou a presença de benzoilecgonina, substância liberada na urina humana após o uso da droga
No total, a pesquisa da USP detectou 15 componentes químicos em diferentes concentrações no mar de Ubatuba
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Cocaínas, cafeína e remédios estão entre os elementos encontrados no mar do litoral norte paulista

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Além de resquícios de cocaína na água, uma das análises indicou a presença de benzoilecgonina, substância liberada na urina humana após o uso da droga

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No total, a pesquisa da USP detectou 15 componentes químicos em diferentes concentrações no mar de Ubatuba

Prefeitura Municipal de Ubatuba/Divulgação

Entre os elementos detectados, também estão remédios. Analgésicos, anti-inflamatórios, relaxantes musculares e anticoagulantes completam o repertório, assim como medicamentos para pressão alta, colesterol e doenças neurológicas.

De acordo com a análise, os componentes foram encontrados na região costeira e também em alto-mar. “A distribuição espacial dos compostos sugere que a ‘advecção lateral’ por correntes costeiras pode transportar contaminantes emergentes para longe de sua fonte original. O risco ecológico avaliado para os produtores primários indica risco moderado a alto para alguns compostos na fixação fotossintética de carbono”, apontou a pesquisadora.

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