São Paulo – O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou à Justiça, nessa quarta-feira (5/3), o coronel da reserva do Exército Virgílio Parra Dias. Ele é o dono do apartamento que pegou fogo com arsenal de armas e munições em Campinas, no interior de São Paulo, em fevereiro do ano passado.
Para os promotores do caso, o militar deve responder por posse irregular de arma e munição de uso permitido, porte ilegal de arma e munição de uso restrito, e também e por ter causado o incêndio que afetou vizinhos e os colocou em risco. A instituição pede que, em caso de condenação, as penas privativas de liberdade sejam cumulativas.
Procurado pelo Metrópoles, o advogado de Virgílio disse que o denunciado vai se pronunciar oportunamente no processo. Fernando Capano alega que o coronel não cometeu os crimes citados pelo MPSP.
“Lendo a denúncia, por primeiro e sem fazer juízo de mérito mais aprofundado, me parece que o MP deixou de considerar conclusão pericial que asseverou que não há nexo de causalidade apto a ensejar o crime de incêndio. Sobre a questão dos armamentos, também me parece que estamos diante de mero ilícito administrativo”, argumentou o representante jurídico.
Entenda o caso do coronel que causou explosão e incêndio
- A explosão seguida de incêndio ocorreu em 24 de fevereiro de 2024, no condomínio Fênix, na Rua Hércules Florence, em Campinas.
- Virgílio Parra Dias foi encontrado ferido com um canivete em uma praça da cidade em 27 de fevereiro do ano passado, após uma suposta tentativa de suicídio.
- Segundo a denúncia do MPSP, foram encontradas 145 armas no apartamento do coronel.
- O documento aponta que militar mantinha em casa, sem autorização, ampla quantidade de pólvora, artefato explosivo ou incendiário, cartuchos, máquina para manufatura de munições, prensas, estojos de munição, diversas peças de arma de fogo e ferramentas utilizadas para recarregar e reciclar munição.