São Paulo – O entorno do prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), foi pego de surpresa na noite desta quinta-feira (4/7) após o vereador Milton Leite (União), presidente da Câmara Municipal, sinalizar uma ruptura com o emedebista nestas eleições.
Milton Leite é presidente municipal do União e um dos maiores aliados de Nunes. Nesta quinta, ele relatou dificuldades na relação com o prefeito, que é candidato à reeleição, e confirmou ao Metrópoles que estuda apoiar outra pré-candidatura.
No entanto, aliados de Nunes disseram à reportagem terem sido pegos de surpresa com a possibilidade de o União apoiar outro nome à Prefeitura, já que o assunto não teria sido tratado entre os dois. Um auxiliar disse que o prefeito possui relação próxima com Milton Leite e que não é comum ao cacique do União “enviar recados” pela imprensa.
Leite também sinalizou que Nunes precisa oferecer mais espaço na Prefeitura para garantir o apoio do União. Recentemente, o pré-candidato do PRTB, Pablo Marçal, conversou com caciques do partido em Brasília e ofereceu à sigla uma vaga de vice em sua chapa em troca do apoio ao nome do governador Ronaldo Caiado (Goiás) à Presidência da República em 2026.
“Acreditamos que a experiência de gestão do União Brasil, somada à nossa visão empreendedora e à nossa conexão com as demandas da população e com a juventude, formam a base ideal para a construção de um futuro promissor não apenas para São Paulo, mas para o Brasil, e enxergamos em Ronaldo Caiado um excelente nome para a disputa presidencial em 2026”, disse a assessoria de Pablo Marçal em nota à imprensa.
Além disso, Leite disse não descartar lançar o deputado federal Kim Kataguiri (União), ou apoiar outra pré-candidatura, como a do psolista Guilherme Boulos, principal adversário de Nunes. O apoio a Boulos, inclusive, teria sido sugestão de um dos ministros de Lula que é filiado ao União.
Leite foi um dos principais opositores à escolha do Coronel Mello Araújo como o vice de Nunes. O Metrópoles apurou que ele somente aceitou Mello Araújo na chapa em troca de manter o seu partido na presidência da Câmara pelos próximos quatro anos.
