São Paulo – A Polícia Civil de São Paulo prendeu na noite dessa terça-feira (8/8) um homem apontado como o principal receptador de celulares roubados e furtados da cidade. Amadou Diallo, natural da Guiné, na África, foi encontrado com 312 aparelhos no centro da capital.
Segundo o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), dos aparelhos apreendidos, 64 apresentavam queixa de atividades ilícitas.
Investigadores da 1ª Delegacia de Patrimônio chegaram até Diallo a partir de prisões de suspeitos de roubos que terminaram em morte e de outros suspeitos de receptação. Os policiais chegaram até dois imóveis na Rua Guaianazes, onde estavam montadas bases do suspeito.
Ao cumprirem mandados de busca e apreensão nos locais, os agentes deflagraram a prisão em flagrante de Diallo. Ele foi autuado por receptação qualificada.
“A equipe encontrou uma estrutura de informática que possivelmente permitiria o desbloqueio dos aparelhos, o que possibilitaria acesso aos dados da vítima. Essas informações poderiam ser repassadas para serem utilizadas em golpes. Outra finalidade era o envio para outros países”, diz o Deic.
Em março deste ano, um jovem viralizou ao publicar nas redes sociais um vídeo em que dizia ter ativado o sistema de localização de seu IPhone para tentar rastrear o aparelho de um amigo que havia sido roubado durante o festival Lollapalooza. Segundo ele, o endereço indicado seria o prédio de número 67 na rua Guaianases.
Henrique, então, pesquisou na internet e viu que o imóvel está vinculado a uma empresa chamada Coopertel Administração e Comércio de Telefones. Ele ficou revoltado e gravou um vídeo falando sobre o caso.
Ele identificou diversas denúncias de vítimas de roubos e furtos de celular, afirmando que seus aparelhos foram levados para o mesmo endereço, com base na localização dos telefones.
“Roubaram meu celular e a localização apontou este lugar, Rua Guaianases, nº67, apesar das inúmeras reclamações com o mesmo motivo, a polícia não faz nada referente a isso. Local repleto de celulares roubados”, escreveu uma mulher, identificada como Rayane Martins.
O Deic não deu detalhes sobre se a prisão de Amadou Diallo está ligada a este endereço.
