São Paulo – O presidente do diretório municipal do PL, vereador Isac Félix, rebateu as declarações do secretário municipal da Educação de que a pasta está de “porteiras fechadas” para indicações políticas, em referência ao assédio bolsonarista para mais participação na área.
Integrante da base aliada do prefeito Ricardo Nunes (MDB) na Câmara Municipal, Félix afirmou que Padula estava “mandando recado” e criticou a gestão do secretário, que está no cargo desde 2021.
“Ele está mandando recado para quem? Se a gestão dele fosse boa, São Paulo não teria um dos piores Idebs do Brasil”, afirmou o vereador ao Metrópoles.
A pasta da Educação era cobiçada pelo PL durante a montagem do secretariado do segundo mandato de Nunes. O prefeito, no entanto, manteve Padula, nome considerado de sua cota pessoal. O titular foi indicado para o cargo por Bruno Covas (PSDB), de quem era amigo próximo, logo após as eleições de 2020.
Em entrevista ao Metrópoles na última semana, Fernando Padula garantiu que não haverá loteamento de grupos políticos que apoiaram Nunes na campanha eleitoral na estrutura da secretaria.
“A partir do momento que o prefeito me escolheu, é como uma porteira fechada, com liberdade técnica de escolha. Se fosse para ter uma composição política na Educação, o secretário seria outro”, afirmou.
Sem a Educação, Isac Félix tem cobrado que o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, tenha mais participação na gestão Ricardo Nunes. A legenda garantiu a Secretaria de Verde e Meio Ambiente, com o ex-prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi, além da vice-prefeitura com o coronel Mello Araújo. Outro quadro da legenda é o ex-prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado, indicado para a secretaria executiva de Desestatização e Parcerias. Ele, no entanto, ainda não assumiu o cargo, o que deve ocorrer neste mês.
