Justiça aceita denúncia e torna réus três suspeitos por morte de PM no litoral de SP

Justiça de São Paulo aceitou denúncia do Ministério Público e determinou a prisão preventiva de três réus pela morte do soldado Patrick Reis

atualizado 08/08/2023 19:31

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Imagem mostra homem branco, com boina preta e uniforme militar - Metrópoles Divulgação/Polícia Militar

São Paulo – A Justiça de São Paulo aceitou nesta terça-feira (8/8) a denúncia do Ministério Público (MPSP) contra três homens pela morte do soldado Patrick Bastos Reis, da Rota, no Guarujá, no litoral paulista.

A decisão da 1ª Vara Criminal do Guarujá saiu um dia após a denúncia ser oficializada pelo MP, depois de a Polícia Civil finalizar o inquérito sobre o caso, que apontou que Erickson David da Silva, o Deivinho, foi o autor do disparo que matou o PM. Ele foi identificado como o ‘segurança’ de um ponto de venda de drogas conhecido como Biqueira de Seringueira.

Ainda segundo o documento, a Polícia Civil concluiu que Marco Antônio de Assis Silva, 26, o “Mazzaropi”, e Kauã Jazon da Silva, 20, irmão de Deivinho, estavam no local em que o crime ocorreu e não tomaram nenhuma atitude para conter a ação do Deivinho. Na decisão, a Justiça manteve a prisão de Marco Antonio e pediu a preventiva dos réus Erickson e Kauã.

Além de homicídio, o trio deve responder por crimes relacionados ao tráfico de drogas e pela prática de tentativa de homicídio contra três outros agentes, que estavam na direção dos disparos durante a incursão da Polícia Militar na área.

“São responsáveis na medida de sua participação, visto que dividiam as funções [ligadas ao tráfico de drogas no local] e nada fizeram para conter a ação de Deivinho”, diz o documento do Ministério Público.

Operação Escudo

O assassinato do policial motivou a Operação Escudo, deflagrada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para combater o domínio do Primeiro Comando da Capital (PCC) no litoral paulista.

Em balanço divulgado nesta terça-feira, a secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que, desde o dia 28 de julho, quando a operação teve início, até o dia 7 de agosto, 16 pessoas morrerem, 246 pessoas foram presas e mais de 720 quilos de drogas foram apreendidos pelas polícias Civil e Militar.

Ainda de acordo com a SSP, do total de 246 detidos, 90 eram procurados da Justiça e foram capturados. Além disso, 15 adolescentes foram apreendidos durante o período.

A morte do PM

O soldado da Rota Patrick Bastos Reis foi baleado durante patrulhamento na comunidade Vila Zilda, no dia 27 de julho. Atingido no tórax, ele não resistiu. Já o cabo Fabiano Oliveira Marin Alfaya, de 39 anos, foi ferido na mão. Os tiros foram disparados a até 70 metros de distância, segundo a SSP.
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PM declara luto pela morte de Patrick Bastos Reis, policial da Rota morto no Guarujá
PM da Rota Patrick Bastos Reis baleado e morto durante patrulhamento no Guarujá
Policiais da Rota baleados no Guarujá foram socorridos no Pronto Atendimento Municipal da Rodoviária
Policial da Rota é morto em Guarujá
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PM da Rota Patrick Bastos Reis baleado e morto durante patrulhamento no Guarujá

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PM declara luto pela morte de Patrick Bastos Reis, policial da Rota morto no Guarujá

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PM da Rota Patrick Bastos Reis baleado e morto durante patrulhamento no Guarujá

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Policiais da Rota baleados no Guarujá foram socorridos no Pronto Atendimento Municipal da Rodoviária

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Policial da Rota é morto em Guarujá

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Após a morte do policial, iniciou-se escalada da violência na região. Segundo a Ouvidoria da Polícia de São Paulo, o número de mortes pode ser maior do que o divulgado até o momento. O órgão também alertou para a denúncia de excessos cometidos por parte das forças policiais. O governador Tarcísio de Freitas nega que houve qualquer tipo de abuso.

No entanto, moradores têm feito relatos e vídeos indicando possíveis abusos. Um vídeo que circulou nas redes sociais flagra ação violenta da PM durante abordagem em uma comunidade do Guarujá. A gravação foi feita nos últimos dias.

No vídeo, é possível ver dois policiais militares saindo de uma viatura em comunidade do Guarujá e avançando sobre um carro preto (veja abaixo). Os PMs gritam e ameaçam os dois ocupantes do veículo. Os homens são agredidos com chutes e golpes de cassetete. A gravação é feita por moradores que observam tudo a distância.

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