São Paulo – A defesa de Walter Delgatti Neto, conhecido como hacker de Araraquara, alegou, no pedido de transferência apresentado na última segunda-feira (3/2), que o cliente corre risco de vida no presídio no qual está, na cidade em que lhe dá o apelido, no interior de São Paulo.
A equipe liderada pelo advogado Ariovaldo Moreira citou a “polarização política que temos enfrentado atualmente, enraizada em todos os setores do convívio social, até mesmo núcleos familiares, coloca o hacker de Araraquara, como ficou conhecido, como alvo fácil dentro da prisão”, a alegação ainda cita “sérias e frequentes ameaças” recebidas pelo preso na detenção de Araraquara.
Além disso, o advogado diz que a própria CPMI dos Atos Antidemocráticos encaminhou ofícios à Polícia Federal (PF), ao Ministério dos Direitos Humanos e ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que comprovam tal afirmação.
Os documentos são datados de agosto de 2023.
Moraes pede explicações à SAP
- Na última segunda-feira (3/2), Alexandre de Moraes acolheu uma manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) e solicitou à Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informações sobre a segurança do hacker.
- A SAP tem 10 dias para cumprir o pedido e se pronunciar sobre a viabilidade de transferência do suspeito para a PII de Tremembé.
- O ministro também citou na decisão que, apesar do alegado pela defesa do detido, não há qualquer indício atual de riscos à integridade física de Delgatti no presídio em que está.
Diante das argumentações, a equipe de defesa de Delgatti solicitou, no dia 8 de janeiro deste ano, a “imediata transferência do requerente para Penitenciária II ‘Dr. José Augusto Salgado’ de Tremembé”.
A escolha do local se deu pelo fato de que o presídio abriga detentos de casos com maior repercussão que, segundo os advogados, é a situação do suspeito.
