São Paulo — A rede estadual de São Paulo está usando uma ferramenta de Inteligência Artificial para avaliar a fluência de leitura dos alunos, o chamado “fluencímetro”. A plataforma, destinada a crianças de 6 a 10 anos, faz parte do aplicativo de leitura Elefante Letrado, que começou a ser usado pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) no início de 2024.
O “fluencímetro” funciona como um medidor da qualidade de leitura. Ela grava as crianças enquanto elas leem em voz alta, informando, de forma instantânea, ao professor, se o aluno de fato leu o texto, qual foi o seu desempenho em relação ao tempo de leitura e aos erros cometidos em comparação com texto original.
No resultado, as leituras serão classificadas como “abaixo do básico”, “básico”, “adequado” e “avançado”, fornecendo ao professor a possibilidade de acompanhar em tempo real evolução de cada aluno e compará-la com a da turma.
Em entrevista à CBN, o secretário de educação, Renato Feder, explicou que o estado pagará somente pelo aluno que utilizar o programa. “A licitação é numa modalidade chamada ata de registro de preço. Significa que o estado só paga para cada aluno que usa. Então o valor individual é de cerca de 85 centavos por aluno. E a gente só paga para o aluno que usar. Se todos os milhões de alunos usarem, a gente vai pagar 17 milhões de reais”, disse Feder.
Avaliação da Fluência Leitura
Nesta quarta-feira (24/4), a Secretaria da Educação anunciou que passará aplicar a Avaliação da Fluência Leitura, feita pelo CAEd (Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação), para os 3º, 4º e 5º anos. Até o ano passado, o teste era aplicado apenas para os alunos do 2º ano.
Essa avaliação é feita com o apoio de tecnologia, mas quem analisa o desempenho do estudante é o professor.
O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) tem como meta alfabetizar, até 2026, 90% das crianças até 7 anos. Segundo a Secretaria de Educação, em 2023, a taxa de fluência de leitura no estado era de 64%.
