Entidade judaica critica jornal do PCO por “caricatura antissemita”

Publicação traz caricatura de judeu ortodoxo e defende as ações do grupo extremista Hamas, chamando Israel de "estado nazista"

atualizado 27/10/2023 19:49

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imagem colorida mostra capa de jornal produzido pelo partido PCO e que pede o fim de israel; material foi criticado por entidade - metrópoles Arquivo Pessoal

São Paulo – Uma publicação impressa feita pelo Partido da Causa Operária (PCO) e distribuída em frente à Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo nesta quinta-feira (27/10) provocou reação do Instituto Brasil-Israel.

A entidade, que produz debates sobre Israel e os judeus no Brasil, afirmou que o material é antissemita e deveria causar revolta em toda a população.

“É um sinal dos tempos: hoje, em 2023, uma publicação que mostra caricaturas semelhantes a aquelas usadas na Alemanha nazista, sendo distribuída na porta de uma das mais prestigiosas universidade privadas de São Paulo. Não passa perto de ser uma crítica a Israel, é um ataque ao povo judeu”, diz a nota.

O material contém a caricatura de um homem vestido com roupas judaicas-ortodoxas e portando uma arma. O personagem segura um livro com uma Estrela de Davi na capa e se dirige a outro homem, um palestino, exigindo que ele saia de casa.

O desenho acompanha um texto que defende o grupo extremista Hamas e chama Israel de “estado nazista”. O material, feito após o bombardeio de um hospital na Faixa de Gaza, diz que o episódio é “uma chacina que deixaria Hitler com inveja”.

Estudante de psicologia na PUC, Bruna Ades foi uma das alunas que recebeu o material e afirma que ficou assustada. “A caricatura tem muita semelhança com as propagandas nazistas”, diz ela.

“Eu sou judia e tenho muitas críticas a serem feitas [a Israel] e eu nunca colocaria as minhas críticas dessa maneira. Isso na verdade é uma incitação ao ódio, é antissemitismo puro”, afirma a aluna, que tem familiares em Israel.

Bruna diz que outros colegas também receberam o material e ficaram assustados. Ela afirma que eles pretendem procurar a PUC para falar sobre o episódio.

A universidade diz que não tem vínculo com o “jornal” e que não é permitida a distribuição de conteúdo informativo dentro da instituição.

“Os estudantes foram orientados a informar aos nossos agentes se observarem qualquer comportamento semelhante dentro do campus”, diz a PUC em nota.

Outro lado

Membro da Executiva Nacional do PCO, Antônio Carlos nega que a charge seja uma associação às caricaturas nazistas e que ela “apresenta um sionista chegando na casa de um palestino para expulsá-lo em nome da sua fé”.

Ele defende a publicação e afirma que “sionistas” tentam ocultar o que acontece na Palestina.

“Por isso defendemos o direito do povo palestino, do Hamas e outros grupos, de pegarem em armas para lutar pela sua liberdade”, diz Antônio.

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