Deputados pedem corte de dinheiro para Vai-Vai e apontam elo com PCC

Por conta das fantasias de "policiais demônios", deputados bolsonaristas pediram que a Vai-Vai não receba verba pública no próximo ano

atualizado 13/02/2024 14:20

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Imagem colorida mostra o deputado federal Capitão Augusto (PL-SP), homem branco vestido com uma farda da Polícia Militar, gravata preta e camisa branca - Metrópoles Valter Campanato/Agência Brasil

São Paulo — O deputado federal Capitão Augusto e a deputada estadual Dani Alonso, ambos do PL, encaminharam, nessa segunda-feira (12/2), um ofício ao prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB) e ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), pedindo que a Vai-Vai não receba dinheiro público no próximo ano.

O motivo é a escola ter representado a tropa de choque da Polícia Militar (PM) com alusão à figura de demônios, em desfile realizado no último sábado (10/12), no sambódromo do Anhembi.

“Foi com grande consternação que presenciamos a escola de samba em questão retratar, de forma deliberadamente ofensiva, os policiais militares e outros agentes de segurança como figuras demoníacas em uma de suas alegorias”, diz o documento.

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Integrantes dos Racionais MC's durante desfile da Vai-Vai
Desfile da Vai-Vai teve policiais retratados como demônios
Estátua de Borba Gato pichada durante desfile da Vai-Vai
Mulher fantasiada de pantera negra durante desfile da Vai-Vai
Desfile da Vai-Vai no Anhembi, em São Paulo
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Mano Brown e KL Jay, dos Racionais MC's, durante desfile da Vai-Vai

Divulgação/LigaSP/Felipe Araújo
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Integrantes dos Racionais MC's durante desfile da Vai-Vai

Divulgação/LigaSP/Felipe Araújo
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Desfile da Vai-Vai teve policiais retratados como demônios

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Estátua de Borba Gato pichada durante desfile da Vai-Vai

Divulgação/Vai-Vai/Woody Henrique
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Mulher fantasiada de pantera negra durante desfile da Vai-Vai

Divulgação/LigaSP/Felipe Araújo
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Desfile da Vai-Vai no Anhembi, em São Paulo

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Desfile da Vai-Vai no Anhembi, em São Paulo

Divulgação/LigaSP/Felipe Araújo
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Divulgação/LigaSP/Felipe Araújo

De acordo com os deputados, “tal atitude não somente desrespeita a honra e a dignidade dos profissionais que dedicam suas vidas à proteção da sociedade, mas também contribui para a propagação de uma imagem negativa das forças de segurança”.

Os parlamentares ainda apontam “revelações de possíveis ligações” entre a escola de samba e organizações criminosas, como o PCC. “Estas associações são extremamente preocupantes, pois sugerem uma tentativa de minar a confiança pública nas instituições responsáveis pela segurança e ordem pública”, afirmam.

“Proponho que a escola de samba Vai-Vai seja proibida de receber qualquer forma de recurso público no próximo ano fiscal, como forma de sanção pela conduta irresponsável e ofensiva demonstrada”, conclui o deputado Augusto.

O que diz a Vai-Vai

Em nota, a Vai-Vai afirma que a ala retratada no desfile de sábado “fez uma justa homenagem ao álbum e ao próprio Racionais Mcs, sem a intenção de promover qualquer tipo de ataque individualizado ou provocação, mas sim uma ala, como as outras 19 apresentadas pela escola, que homenageiam um movimento”.

“Em 2024, a escola de samba Vai-Vai levou para a avenida o enredo Capitulo 4, Versículo 3 – Da rua e do povo, o Hip Hop – Um manifesto paulistano. Como o próprio nome diz, tratou-se de um manifesto, uma crítica ao que se entende por cultura na cidade de São Paulo, que exclui manifestações culturais como o hip hop e seus quatro elementos – breaking, graffiti, MCs e DJs. Além disso, o desfile buscou homenagear e dar vez e voz aos muitos artistas excluídos que nunca tiveram seu talento e sua trajetória notadamente reconhecidos”, diz a Vai-Vai.

O desfile

A alegoria fazia parte do samba-enredo “Capítulo 4, Versículo 3 – Da rua e do povo, o Hip Hop: um manifesto paulistano”, que fez homenagem ao álbum “Sobrevivendo no Inferno”, do grupo de rap Racionais MC’s, lançado em 1997 e considerado um dos mais importantes do gênero.

Uma das doze músicas do disco é “Diário de um detento”, que relata o dia de um preso na cadeia do Carandiru, na véspera da intervenção policial que deixou 111 detentos mortos, no dia 2 de outubro de 1992. Nesse contexto, as fantasias dos “policiais demônios” eram compostas por escudos, cassetetes e capacetes, adornados com asas e chifres em tons de vermelho e amarelo.

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