Assédio sexual: CNJ decide aposentar compulsoriamente juiz Scalercio

O juiz Marcos Scalercio, do TRT-2, foi denunciado por alunas, funcionárias e advogadas por assédio sexual e está afastado desde setembro

atualizado 23/05/2023 14:40

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Juiz Marcos Scalercio é acusado de assédio sexual Reprodução / Instagram

São Paulo – O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu nesta terça-feira (23/5) aposentar compulsória do juiz Marcos Scalercio, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), acusado de assédio sexual por mais de 20 mulheres, incluindo funcionárias, advogadas e alunas de um cursinho preparatório para concursos públicos.

O colegiado votou de forma unânime com a relatora, a conselheira Salise Sanchotene, que citou um “padrão de comportamento prolongado” por parte de Scalercio. Ele foi denunciado por casos que ocorreram entre 2014 e 2020 e será aposentado com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço. A defesa dele negou todas as acusações.

O processo disciplinar contra Scalercio avaliou três denúncias: o de uma aluna do cursinho Damásio Educacional, onde ele era professor; o de uma funcionária do TRT-2; e o de uma advogada que ele teria conhecido nas redes sociais.

As três vítimas relataram abordagens inapropriadas, como tentativas de beijá-las à força. No processo, o juiz é acusado de retaliação contra as mulheres diante da recusa em aceitar o assédio ou de tentativas de denúncias às instâncias superiores.

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Dezenas de mulheres já denunciaram abuso por parte do magistrado
Juiz Marcos Scalercio é denunciado por assédio sexual
Juiz Marcos Scalercio é acusado de assédio sexual
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Juiz Marcos Scalercio apagou publicações no Twitter e no Facebook após a repercussão do caso

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Dezenas de mulheres já denunciaram abuso por parte do magistrado

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Juiz Marcos Scalercio é acusado de assédio sexual

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A ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do CNJ, afirmou que a conduta de Scalercio evidencia o “comportamento machista que invisibiliza as mulheres e, mais do que isso, as silencia pelos constrangimentos que a elas impõem”.

“O que mais dói nesse processo, enquanto civil, é que as condutas eram adotadas e se invocava a condição de magistrado: ‘Eu posso porque sou juiz'”, acrescentou.

Em seu voto, a ministra alfinetou a legislação brasileira por permitir o benefício previdenciário mesmo em casos de punição: “Lamento que a nossa legislação assegure vencimentos ou subsídios proporcionais ao tempo de serviço”, disse ela.

Scalercio também é alvo de um processo administrativo no TRT-2 por assédio e importunação sexual. O caso está sob análise da corregedoria do órgão. O juiz estava afastado do TRT-2 desde setembro do ano passado.
A defesa de Scalercio afirmou, por meio de nota, que “a decisão tomada pelo CNJ certamente não se fundou na análise das provas e ignorou as testemunhas favoráveis à defesa”. Após a publicação do acórdão, prossegue a nota, serão tomadas as medidas cabíveis.

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