São Paulo – O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou, na quarta-feira (30/9), habeas corpus para soltar o empresário Thiago Brennand, de 43 anos, no caso em que ele é acusado de agredir a modelo Helena Gomes, em agosto de 2022, em uma academia de luxo em São Paulo.
As agressões na academia, gravadas pelo circuito de segurança, foram as primeiras a vir à tona contra Brennand. O empresário está preso provisoriamente desde o fim de abril, na capital paulista, após ter sido extraditado dos Emirados Árabes.
Como o caso da academia aconteceu na frente do seu filho adolescente, que teria sido induzido a ofender e ameaçar a modelo, Brennand também responde por crime de corrupção de menor.
A última audiência de instrução desse processo foi realizada nesta sexta-feira (1º/9), pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), e acabou sem sentença.
No pedido de habeas corpus feito a STF, a defesa de Brennand questiona a validade das provas e afirma que as imagens foram editadas. Também afirma não ter tido acesso a vídeos originais ou perícia dos arquivos.
“Ademais, não verifico a existência de teratologia, flagrante ilegalidade ou abuso de poder”, escreveu o ministro Dias Toffoli, ao negar o HC.
Interrogatório no TJSP
O processo da academia é presidido pelo juiz Henrique Vergueiro Loureiro, 6ª Vara Criminal da Capital, do TJSP. Nesta sexta, Brennand passou por interrogatório e outras cinco testemunhas foram ouvidas em plenário.
Com o fim da fase de instrução, foi aberto prazo para que as partes apresentem alegações finais por escrito. A sentença só será proferida depois disso.
Ao todo, Brennand é réu em nove ações criminais, com denúncias por crimes de estupro, tortura, ameaça e cárcere privado. Ele alega inocência em todas.
Em julho, o Metrópoles mostrou, com exclusividade, os detalhes do primeiro depoimento de Brennand à Justiça. “Eu estou aqui preso por vontade própria”, declarou o empresário, na ocasião.
