São Paulo – De volta ao Brasil após 89 dias nos Estados Unidos, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) saiu em defesa da candidatura do deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), que foi seu ministro do Meio Ambiente, para a Prefeitura de São Paulo nas eleições do ano que vem.
Bolsonaro afirmou, no entanto, que a decisão final sobre quem concorrerá a prefeito pelo PL cabe ao partido, que flerta com o apoio à reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB).
“Não vou falar pelo PL. O PL tem um partido, uma bancada e quem vai decidir é a bancada de São Paulo, obviamente. Ela é que tem que ser consultada, eu não estou aqui para dar ordens. Estou sem mandato e mesmo não estando aposentado, sei o meu lugar”, afirmou Bolsonaro em entrevista à Jovem Pan, na manhã desta quinta-feira (30/3), logo após desembarcar no Brasil.
Em entrevista ao Metrópoles, Salles disse que busca viabilizar a candidatura dentro do PL e que já conversou sobre o tema com o presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto. Para auxiliar na empreitada, ele contratou o marqueteiro Pablo Nobel, que fez a campanha de Tarcísio de Freitas (Republicanos) ao governo paulista em 2022 e a pré-campanha de Sergio Moro (União-PRl) à Presidência.
Internamente, o ex-ministro de Bolsonaro enfrenta a resistência de correligionários que já eram filiados ao partido antes da chegada de quadros bolsonaristas, no ano passado. O grupo, chamado de “panela do Valdemar”, sinaliza o interesse em apoiar Ricardo Nunes, que já contratou para a sua campanha o marqueteiro do PL, Duda Lima.
Questionado se prefere que o candidato seja Ricardo Salles ou o também deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o ex-presidente afirmou que ainda falta experiência ao seu filho.
“Eu vejo que o Ricardo Salles é mais experiente, mais vivido para isso. É o terceiro maior orçamento do Brasil, uma cidade grande com seus problemas. Ricardo Salles conhece muito mais do que o Eduardo. Não estou descartando o Eduardo, mas acredito que o Eduardo tem que ficar mais um tempo no l=Legislativo para disputar um cargo no Executivo”, declarou Bolsonaro.