São Paulo – Uma articulação feita pelo deputado estadual André do Prado (PL), afilhado político de Valdemar Costa Neto e favorito para vencer a disputa pela presidência da Assembleia Legislativa paulista (Alesp) na próxima quarta-feira (15/3), livrou parlamentares bolsonaristas de terem que votar no PT na eleição da Mesa Diretora.
Apoiado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), André (foto em destaque) costurou uma ampla aliança que assegurou não apenas a adesão de petistas e bolsonaristas ao seu nome para o comando da Alesp, como também uma candidatura única para a 1ª Secretaria da Casa, que ficará com o PT.
Sem concorrentes, o deputado estadual Teonilio Barba, que venceu a disputa interna do PT pelo cargo, deve ser eleito primeiro secretário por “aclamação”, desobrigando a bancada bolsonarista do PL de ter que ir ao microfone no plenário da Alesp para declarar voto no petista, que é aliado do ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT).
Ao todo, a Alesp elegerá oito cargos da Mesa Diretora, mas os principais são a presidência e as 1ª e 2ª secretarias. Pelo acordo feito entre as maiores bancadas, André do Prado será o novo presidente, Barba assumirá como primeiro secretário, e o tucano Rogério Nogueira como segundo secretário. O mandato é de dois anos.
A tendência é de que haja disputa apenas pela cadeira de presidente, uma vez que o PSol, cuja bancada eleita tem cinco deputados, lançou a candidatura de oposição do deputado Carlos Giannazi.
Deputados bolsonaristas como Gil Diniz e Major Mecca cogitavam disputar a presidência da Alesp, mas perderam força depois que o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, acertou com o governador Tarcísio de Freitas o apoio à candidatura do seu afilhado político.
A eleição da Mesa Diretora da Alesp ocorre na tarde de quarta-feira (15/3), quando tomam posse os 94 deputados estaduais eleitos em outubro do ano passado — 54 deles foram reeleitos. O PL e a federação composta por PT, PCdoB e PV, elegeram as maiores bancadas, com 19 parlamentares cada.
