Sergio Rial deixa a presidência da Americanas após identificar rombo

A Americanas encontrou "inconsistências contábeis" de R$ 20 bilhões; o presidente, Sergio Rial, e o diretor financeiro pediram demissão

atualizado 11/01/2023 19:46

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Grávida que furtou produtos das Americanas por fome é solta após atuação da Defensoria Divulgação

No cargo há apenas 10 dias, Sergio Rial, presidente da Americanas, pediu demissão. A decisão foi tomada após a empresa identificar “inconsistências contábeis” no balanço financeiro na ordem de R$ 20 bilhões. O rombo teria acontecido em exercícios anteriores a 2022 – antes, portanto, de o executivo assumir a presidência.

A informação foi divulgada pela própria empresa em comunicado ao mercado na noite desta quarta-feira (11/1). O documento, publicado na Comissão de Valores Monetários (CVM), fala em problemas no lançamento de operações de crédito no balanço. Em tese, os números reportados revelariam um endividamento menor do que o real.

“Entre as inconsistências mencionadas acima, a área contábil da Companhia identificou a existência de operações de financiamento de compras em valores da mesma ordem acima, nas quais a Companhia é devedora perante instituições financeiras e que não se encontram adequadamente refletidas nas demonstrações financeiras de 30/09/2022”, diz o comunicado da Americanas.

A confirmação das irregularidades e dos valores envolvidos ainda será feita por uma auditoria independente. A Americanas estima que “o efeito caixa dessas inconsistências seja imaterial”, mas possivelmente o mercado reagirá de forma negativa tanto às inconsistências identificadas quanto à renúncia de Rial.

Renúncia de executivos

Empossado na semana passada, Rial teve sua chegada à chefia da Americanas celebrada. O executivo, que foi presidente do Santander, seria responsável por comandar uma guinada na varejista. As ações da empresa saltaram 22% no dia em que o executivo teve sua indicação anunciada.

A Americanas vem sofrendo com um aperto de margens em operações digitais e resultados financeiros ruins, pressionada pela competição de pares locais, como o Magazine Luiza, e estrangeiros, como a Amazon.

Além de Rial, o diretor de Relações com Investidores, André Covre, pediu demissão. Covre também foi empossado no último dia 2/1 e é um respeitado executivo de mercado. Antes de assumir o posto de diretor financeiro na Americanas, ele ocupou o mesmo cargo no Grupo Ultra e foi diretor-presidente da rede de farmácias Extrafarma.

O conselho de administração da Americanas nomeou, de forma interina, João Guerra para o cargo de presidente e diretor de Relações com Investidores. Segundo o comunicado da empresa, o executivo não estava envolvido anteriormente na gestão contábil ou financeira.

Em posicionamento enviado ao Metrópoles, a assessoria de imprensa da Americanas informou que “neste momento, a companhia não acrescentará informações ao que foi dito no comunicado ao mercado”.

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