Por que o preço do ovo disparou até 40% em apenas uma semana

Alta demanda, puxada pelo aumento das carnes vermelhas e a chegada da Quaresma, combinada com baixa oferta é o principal fator do estouro

atualizado 20/02/2025 15:08

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Foto colorida de um ovo - Metrópoles Getty Images

O preço do ovo de galinha disparou no Brasil. De acordo com dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), em apenas uma semana, a elevação já chega a 40% em diversas regiões do país. A questão é o que explica esse estouro.

  • Alta demanda, oferta baixa

A combinação negativa de dois fatores têm peso relevante nessa alta. De um lado, a oferta do produto passa por um período de baixa. Por outro, há um aumento da demanda por proteínas mais baratas, caso do ovo, puxada tanto pela Quaresma quanto pela elevação do preço das carnes vermelhas.

“As empresas iniciaram a programação de abastecimento das lojas para atender à demanda sazonal da Quaresma, mas a restrição na oferta e os aumentos sucessivos de preços preocupam os supermercados”, diz Marcio Milan, vice-presidente da Abras. “Além disso, o consumidor tem recorrido mais aos ovos de galinha devido à alta dos preços das demais proteínas.”

  • Mais caro e mais leve

Nos supermercados, além do impacto no bolso, os consumidores também enfrentam uma redução no peso médio dos ovos. Com a entrada em vigor da Portaria SDA nº 1.179, da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária, em 6 de setembro de 2024, a nova classificação diminuiu o peso médio dos ovos em quase 10 gramas por unidade, afetando o custo-benefício do produto.

  • Aumento do custo

O Instituto Ovos Brasil, que reúne produtores, observa que houve ainda aumento das despesas de produção. “O preço da saca de milho (principal insumo do setor) registrou alta de mais de 30% desde julho de 2024”, diz a entidade. “Embora o impacto não tenha sido imediato, a elevação dos custos tornou inevitável o repasse para o consumidor final.”

A associação acrescenta que o aumento no preço de outras proteínas, como a carne bovina, também tem impulsionado a demanda por opções mais acessíveis, como o ovo. “O poder de compra mais elevado no início do mês também influencia a procura pelo produto”, afirmou a entidade, em nota.

  • Altas temperaturas

As altas temperaturas registradas no início do ano, destaca o instituto, afetaram a produtividade das aves, impactando diretamente a oferta e os custos de produção.

  • Problemas regionais

Há ainda problemas pontuais em algumas regiões. No caso do Rio Grande do Sul, as enchentes de maio e junho de 2024, por exemplo, prejudicaram a logística para a chegada de ração nas granjas e escoamento da produção.

  • Tendência à exportação

Acrescente-se a todo esse cenário um aumento da demanda no mercado dos Estados Unidos. Com isso, a tendência é que os produtores brasileiros exportem o produto, reduzindo ainda mais a oferta no Brasil.

  • Quando o preço volta ao normal

Na avaliação de produtores, o mercado deve se normalizar depois da Quaresma, momento em que cai o consumo de carnes vermelhas e aumenta o de peixes e ovos.

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