A Petrobras realizou o primeiro voo de longo alcance com uma aeronave civil remotamente pilotada (RPA) – ou seja, que prescinde de piloto. O teste ocorreu em julho, em um percurso de cerca de 180 quilômetros entre a base da empresa em Imbetiba, em Macaé (RJ), e a plataforma P-5, na Bacia de Campos, no litoral fluminense.
De acordo com a Petrobras, um dos objetivos do voo do drone foi a realização de um teste para a implantação do transporte para conduzir cargas de até 50 quilos. Além disso, também foram coletados dados para o compartilhamento do espaço com outras aeronaves, definindo as melhores rotas, altitudes, procedimentos de subida e descida. “Esse tipo de tecnologia também tem o potencial de reduzir emissões de gases de efeito estufa no transporte de cargas leves”, citou a empresa em nota.
Desde 2018, a Petrobras desenvolve ações que empregam a tecnologia de drones. Na petrolífera, esses equipamentos são usados na inspeção da pintura de plataformas e embarcações, além de outros trabalhos em altura, reduzindo a exposição humana a riscos.
O diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser, afirmou que a iniciativa representa um avanço na descarbonização, porque a emissão de gases das RPAs é menor do que a de helicópteros, agilizando operações e ampliando o período de atendimento logístico das demandas, já que as missões poderão ser realizadas no período noturno.
