A Novonor (ex-Odebrecht), controladora da Braskem, comunicou à empresa que recebeu uma proposta não vinculante de compra da petroquímica.
Embora não tenha informado quais seriam os autores da proposta, a oferta teria sido apresentada pela Empresa Nacional de Petróleo de Abu Dhabi (Adnoc) e pela gestora Apollo, dos Estados Unidos.
A informação foi divulgada ao mercado por meio de um fato relevante da Braskem publicado nesta segunda-feira (8/5).
A oferta não vinculante permite que as partes envolvidas possam desistir da transação a qualquer momento, antes da celebração dos documentos definitivos.
Segundo a companhia, a proposta “será avaliada em conjunto com as demais partes interessadas”.
Por volta das 10h20, com apenas 20 minutos de pregão, as ações da Braskem disparavam quase 20% e eram negociadas a R$ 28,44. Os papéis entraram em leilão.
Na máxima do dia, as ações da petroquímica subiram 22,7%, a R$ 29,15. Na sexta-feira (5/5), os papéis da Braskem avançaram mais de 40%.
A proposta teria sido apresentada a representantes dos principais bancos credores da empresa: Santander, Banco do Brasil, Bradesco, Safra e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A Adnoc e a Apollo teriam se comprometido a apresentar uma oferta formal por 100% das ações da petroquímica, pagando R$ 47 por ação.
Com isso, os bancos recuperariam 100% do crédito concedido à Novonor, que acumula dívidas de R$ 15 bilhões. A oferta seria estendida à Petrobras, segunda maior acionista da Braskem, e aos demais investidores da petroquímica.
