O Itaú Unibanco anunciou, na noite de sexta-feira (3/11), que concluiu a venda da unidade de operação na Argentina para o Banco Macro. O negócio foi anunciado em agosto, mas não tinha sido sacramentado.
Em comunicado ao mercado, o banco brasileiro informou que obteve autorização do Banco Central da Argentina para encerrar as operações no país. O Itaú receberá US$ 50 milhões na transação (o equivalente a R$ 244,5 milhões, pela cotação atual).
“Estima-se que o impacto não recorrente dessa transação no resultado do Itaú Unibanco seja negativo em aproximadamente R$ 1,2 bilhão, que será reconhecido quando a transação for concluída”, informou o Itaú. O balanço financeiro do banco referente ao terceiro trimestre de 2023 será divulgado na segunda-feira (6/11).
Com a transação, o Banco Macro se firma como o maior banco privado de capital argentino no país e aquele que possui a maior rede de postos de atendimento: são 565 agências e 9,4 mil funcionários, que atendem a cerca de 6 milhões de clientes diariamente.
Segundo informações do Banco Central da Argentina referentes ao dia 31 de dezembro de 2022, o Itaú Argentina era o 16º maior banco do país em total de empréstimos em pesos argentinos e o 11º entre os bancos privados, com participação no mercado de 2,1%. O banco tinha 67 agências e 145 caixas eletrônicos.
Para Larissa Quaresma, analista da Empiricus Research, a venda do Itaú Argentina para o Banco Macro “pode ter sido a melhor saída possível do país, mesmo com o prejuízo”. “Ademais, a venda libera foco e recursos para outras operações na América Latina, algumas até maiores do que a da Argentina”, afirma.
