Gol fecha acordo bilionário para recuperação judicial nos EUA

Gol fechou um acordo para receber US$ 1,25 bilhão (cerca de R$ 7,17 bilhões) em financiamento como parte do processo de recuperação judicial

atualizado 24/03/2025 15:02

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Avião da Gol Linhas Aéreas - Metrópoles Michael Melo/Metrópoles

A Gol anunciou nesta segunda-feira (24/3) que fechou um acordo para receber US$ 1,25 bilhão (cerca de R$ 7,17 bilhões) em financiamento como parte do processo de recuperação judicial nos Estados Unidos.


Entenda

  • Esse montante integra um pacote maior, de US$ 1,9 bilhão (R$ 10,9 bilhões), e ainda depende de aprovação pela Justiça dos EUA.
  • De acordo com a Gol, o valor será destinado ao pagamento de dívidas acumuladas durante o processo, além de ajudar nas operações da empresa depois da recuperação judicial e de cobrir custos da reestruturação.
  • A Gol analisa outras possibilidades “viáveis e competitivas” para levantar dinheiro, como investimentos de parceiros e novos empréstimos.
  • Além do financiamento, a Gol afirma que espera diminuir a dívida por meio da conversão em ações de cerca de US$ 1,7 bilhão em financiamentos e US$ 850 milhões em outras obrigações.
  • Essas operações poderiam representar uma diluição importante para os acionistas, pois parte da dívida seria transformada em participação na empresa.
  • A Gol também não descarta a hipótese de emissão de novas dívidas ou de venda de participação acionária para potenciais investidores financeiros – como fundos de crédito ou private equity.

Fusão Gol-Azul

A Gol está negociando uma possível fusão com a Azul. Em janeiro, as companhias anunciaram um acordo para o início das tratativas.

Além da conclusão da recuperação judicial da Gol nos EUA, a fusão precisará ser aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Estimativas apontam que a empresa resultante da eventual fusão responderia por cerca de 60% do mercado de aviação comercial do Brasil e teria o controle de quase 100 rotas em todo o país, praticamente sem concorrência – o que suscita questionamentos acerca da formação de um duopólio, quando apenas duas empresas possuem quase todo o mercado.

Juntas, as duas companhias contam com mais de 300 aeronaves e tiveram um faturamento de R$ 25,3 bilhões entre janeiro e setembro do ano passado.

De acordo com o memorando de entendimento entre Azul e Gol assinado no dia 15, a futura companhia seguirá o modelo de “corporation” – empresa sem controlador definido, tendo o grupo Abra como maior acionista. Ainda não há definição sobre os percentuais de participação de cada empresa no negócio.

A ideia é a de que as marcas Azul e Gol continuem a existir de forma independente, mas as empresas compartilhem aeronaves. A fusão envolverá apenas ativos já disponíveis, sem previsão de novos investimentos.

A aposta das duas empresas é na “complementaridade” de suas malhas aéreas. Enquanto a Gol se concentra em grandes capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, a Azul conta com um leque mais amplo pelo país.

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