Dólar fecha em alta, a R$ 5,75, e Bolsa cai com Lula e Marinho

Moeda americana avançou 0,43% frente ao real e o Ibovespa registrou queda de 1,36%, com mercado prevendo piora de expectativa sobre inflação

atualizado 25/02/2025 10:58

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Dolar americano -- Merópoles Getty

O dólar fechou em alta de 0,43%, cotado a R$ 5,75, nesta segunda-feira (24/2). Isso depois de ter atingido a mínima de R$ 5,70. Com o resultado, a moeda dos Estados Unidos acumula alta de 0,61% na semana, mas queda de 1,83% em fevereiro e recuo de 7,27% no ano frente ao real.

A Bolsa brasileira (B3), por sua vez, despencou. O Ibovespa, o principal índice da B3, caiu 1,36%, aos 125.401 pontos, com ações de grande peso no indicador perdendo valor. Esse foi o caso dos papéis da Petrobras (-0.76%), da Vale (-0,91%) e de bancos como o Itaú (-1,20%) e o Bradesco (-1,75%).

Na avaliação de João Vitor Saccardo, responsável pela mesa de renda variável da Convexa Investimentos, o dólar e a B3 sofreram o impacto de declarações feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele afirmou, por exemplo, que a economia brasileira crescerá “mais do que o previsto” em 2025.

Lula disse ainda que o crescimento será puxado pela microeconomia e as pessoas não devem acreditar nessa “bobagem de macroeconomia”. O presidente observou que trabalha para garantir crédito aos empreendedores.

As declarações foram feitas em evento de assinatura do contrato de navios da Transpetro pelo Programa de Renovação da Frota Naval do Sistema Petrobras, em Rio Grande (RS).

Expectativas de inflação

Para Saccardo, tais manifestações, que em tese apontam para uma política expansionista de gastos, levaram os investidores a acreditar numa eventual piora das expectativas de inflação. Algo que já havia sido constatado na manhã desta segunda-feira pelo Boletim Focus, elaborado pelo Banco Central (BC). Ele mostrou novo aumento das estimativas do IPCA para 2025 e 2026.

Para Bruno Shahini, especialista em investimentos da fintech Nomad, a nova revisão da expectativa de inflação no Focus “sinaliza uma tendência que pode exigir mais esforços do Banco Central para convergir as expectativas este ano”. “A divulgação do IPCA-15 de fevereiro, que acontece amanhã, será de grande importância para o panorama da inflação deste ano, especialmente após mais uma revisão de alta nas projeções do Focus”, diz.

Mercado de trabalho

Nesse mesmo contexto, o mercado também teria repercutido as afirmações feitas pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, no mesmo evento, no Rio Grande do Sul. Ele adiantou que o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de janeiro de 2025 registrou a criação de mais de 100 mil vagas. O que mostra que mercado de trabalho segue aquecido, algo que, avaliam os especialistas, também resulta numa pressão de alta sobre a inflação.

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