Na volta do feriado do Dia do Trabalhador, a Bolsa de Valores fechou a terça-feira (2/5) em queda de 2,4%, aos 101.927 pontos. O desempenho do Ibovespa foi influenciado pela forte queda das ações da Vale e Petrobras e pela expectativa pelas decisões dos juros no Brasil e nos Estados Unidos.
Amanhã, quarta-feira (3/5), o Banco Central brasileiro e o Federal Reserve (o BC americano) anunciarão a nova taxa básica de juros da economia. Por as duas decisões acontecerem no mesmo dia, o evento está sendo chamado de Super-Quarta.
Por aqui, a expectativa é que a taxa Selic fique estacionada nos 13,75% ao ano. A grande incógnita é sobre a sinalização do BC para as próximas reuniões, dada a pressão que o governo Lula tem feito pela redução dos juros.
Nos Estados Unidos, os indicadores econômicos apontam para uma atividade do PIB aquecida, o que deve levar o Fed a aumentar os juros básicos em 0,25 ponto percentual. Com isso, a taxa americana deve saltar para o maior patamar desde 2008.
A perspectiva de aperto monetário criou um clima de pessimismo nos mercados globais. As bolsas americanas operaram em queda de cerca de 1% e o dólar ganhou valor frente aos principais pares globais (leia mais sobre o dólar abaixo).
No Brasil, a queda da Bolsa foi influenciada principalmente pelo recuo de cerca de 4% nas ações da Vale e Petrobras, as duas empresas de maior peso no Ibovespa. Além da queda nas cotações do minério e do petróleo, as empresas foram afetadas pela aversão dos investidores estrangeiros aos ativos brasileiros, em razão do contexto negativo nos Estados Unidos.
A Vibra (antiga BR Distribuidora) recuou 6%, em razão da queda do petróleo e da possível disputa pela rede de postos BR. Na semana passada, circulou a notícia de que a Petrobras pode entrar na Justiça para anular a concessão de uso da bandeira BR para a Vibra.
Dólar
O dólar encerrou a terça-feira (2/5) em alta de 1,1%, aos R$ 5,04. Na semana passada, a moeda americana estava cotada abaixo dos R$ 5.
