A desaceleração econômica do Brasil é um sinal de preocupação e alerta para investidores, em meio a um cenário global desafiador, com inflação resiliente e taxas de juros elevadas. A avaliação foi feita nesta quinta-feira (13/4) pelo presidente do Banco Mundial, David Malpass, em Washington, onde acontecem reuniões entre membros da instituição e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
De acordo com projeções do Banco Mundial, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve crescer 0,8% em 2023, abaixo da expansão média da América Latina, estimada em 1,4% para este ano.
“A desaceleração também indica as preocupações de investidores. É um desafio global: os fluxos de investimento em países em desenvolvimento recuaram e há saída de dinheiro”, afirmou Malpass.
“É urgente para o Brasil ter boas políticas econômicas para acelerar o crescimento, o que permitirá o gasto que o governo quer fazer com os propósitos sociais e ambientais para mudanças climáticas”, completou.
Ainda segundo o presidente do Banco Mundial, é preciso “ter um foco forte no crescimento acelerado no futuro”. “A maior pressão é a disciplina fiscal e a eficiência das políticas regulatórias para apoiar o crescimento”, disse Malpass.
O atual presidente do Banco Mundial está de saída do cargo. Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, indiciou o empresário Ajay Banga, ex-CEO da Mastercard, para comandar a instituição.
