A quantidade de ações judiciais que têm como alvo operadoras de planos de saúde no Brasil teve um crescimento de 28% no ano passado, na comparação com 2023.
Os números fazem parte de um levantamento divulgado pelo Citi com base em dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Segundo o estudo, foram quase 300 mil ações na Justiça (298,8 mil) em todo o país.
Veja os dados
- Entre janeiro e novembro de 2024, foram registrados 5,9 processos para cada mil usuários de convênios médicos no país.
- Essa relação era de 4,6 por mil, em 2023, e de 3,5 por mil, em 2022.
Segundo o relatório do Citi, assinado pelos analistas Leandro Bastos e Renan Prata, os dados “refletem não apenas o perfil sistêmico de alta judicialização do setor, mas também mudanças regulatórias recentes prejudiciais como, por exemplo, remoção do teto para terapias de autismos em 2021, e a lista mínima de procedimentos médicos obrigatórios ampliada, em 2022”.
A Hapvida, maior operadora de planos de saúde do Brasil, com cerca de 8,8 milhões de usuários, fechou o terceiro trimestre do ano passado com bloqueios e depósitos judiciais de R$ 869 milhões.
O montante é o dobro do acumulado no mesmo período de 2023.