A ministra das Finanças da Suíça, Karin Keller-Sutter, afirmou neste sábado (8/4) que não vê “nenhum obstáculo” para as aprovações burocráticas da compra do Credit Suisse pelo UBS Group AG, anunciada no mês passado.
A transação bilionária, considerada um marco para o país por envolver os dois maiores bancos suíços, movimentou US$ 3,2 bilhões.
Na próxima semana, o Parlamento da Suíça deve realizar uma sessão extraordinária para discutir a fusão de emergência, que contou com o apoio do governo suíço. Alguns congressistas falam em abrir uma comissão parlamentar de inquérito para investigar a operação.
“O Parlamento terá a oportunidade de se pronunciar sobre o caso e desempenhar um papel ativo no processo”, afirmou Keller-Sutter, em entrevista ao jornal Finanz und Wirtschaft.
“Existe um acordo de fusão entre UBS e Credit Suisse. O ministério se comprometeu com o Banco Nacional da Suíça (o Banco Central do país) a fornecer liquidez ao Credit Suisse para garantir a estabilidade”, completou.
“O acordo de garantia com o UBS ainda está sendo negociado. Em muitas reuniões, tive a impressão de que os políticos, definitivamente, não querem comprometer a aquisição. Não vejo maiores obstáculos no momento”, concluiu Keller-Sutter.
Segundo a ministra das Finanças da Suíça, o principal objetivo da operação foi “garantir a estabilidade da economia suíça e evitar uma crise financeira internacional”.
“Nas circunstâncias, foi a melhor saída possível e aquela que impõs menos ônus ao Estado e ao contribuinte”, afirmou.
No início desta semana, a Procuradoria Federal da Suíça instaurou uma investigação sobre a transação bilionária. Segundo as autoridades suíças, serão investigadas supostas violações da lei criminal por parte de funcionários do governo, reguladores e executivos dos dois bancos.