A União Europeia (UE) concordou em aliviar sanções impostas contra a Síria durante a dinastia da família Assad, que chegou ao fim em dezembro do último ano. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (27/1) por Kaja Kalla, a alta representante do bloco para Negócios Estrangeiros e Política de Segurança.
Mudanças na Síria
- Depois de mais de duas décadas no poder, Bashar al-Assad foi derrubado por rebeldes jihadistas em 8 de dezembro de 2024.
- Apesar do passado ligado ao jihadismo, o líder dos rebeldes promete a implementação de um governo menos linha dura do que o regime Assad.
- Ahmed Al-Shara e o governo de transição sírio já receberam sinais positivos de parte da comunidade internacional.
A decisão foi anunciada após os ministros das Relações Exteriores da UE se reunirem em Bruxelas, capital da Bélgica. Na ocasião, os diplomatas discutiram a situação na Síria e a transição política no país, arrasado por uma guerra civil que durou 13 anos.
“Os ministros das Relações Exteriores da UE acabaram de concordar com um roteiro para aliviar as sanções da UE à Síria”, escreveu Kalla em um comunicado.
De acordo com a alta representante da UE para Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, a decisão pode ser revertida caso “medidas erradas” sejam tomadas por parte da nova administração síria.
“Embora tenhamos como objetivo agir rápido, o levantamento das sanções pode ser revertido se medidas erradas forem tomadas”, esclareceu Kalla.
Em um comunicado, o governo provisório do grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS) classificou a decisão como um “caminho” para a recuperação econômica do país.
“Saudamos calorosamente a decisão da União Europeia de suspender as sanções contra sectores-chave na Síria, um passo que abre caminho à recuperação econômica, à melhoria do acesso a serviços essenciais e a uma maior estabilidade a longo prazo na região”, disse o grupo em um comunicado.
Anteriormente, os Estados Unidos também anunciaram o afrouxamento de punições contra a Síria, agora liderada pelo grupo rebelde.
