Fortes terremotos abalaram regiões da Síria e da Turquia no início desta semana e já vitimaram mais de 23 mil pessoas. A Agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para Refugiados (Acnur) estima que até 5,3 milhões de sírios possam ficar desabrigadas depois do desastre.
A Acnur tem distribuído itens de abrigo e socorro, além de prover condições adequadas aos locais para onde a população está sendo levada. De acordo com o representante da agência na Síria, Sivanka Dhanapala, esta é “uma crise dentro de uma crise” no país, que enfrentou recentemente “choques econômicos, Covid-19 e agora está no auge do inverno, com fortes nevascas nas áreas afetadas”.
Antes mesmo do terremoto, eram 6,8 milhões de sírios desabrigados dentro do país, já em guerra civil há mais de uma década. “Acabamos de ter uma estimativa preliminar de que 5,37 milhões de pessoas afetadas pelo terremoto precisarão de abrigo em toda a Síria. Trata-se de um número enorme e impacta uma população que já sofre deslocamentos em massa”, explicou Dhanapala.
Tremores de magnitude 7,8 atingiram a Síria e a Turquia na última segunda-feira (6/2), seguidos de outros terremotos de menor intensidade. Milhares de pessoas continuam desaparecidas e, com o passar do tempo, o resgate de sobreviventes se torna cada vez mais improvável.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) já identificou cerca de 23 milhões de pessoas em risco potencial e 5 milhões de vulneráveis. António Guterres, secretário-geral da ONU, instalou um Conselho de Segurança para abrir pontos fronteiriços entre os dois países para a chegada de ajuda humanitária. Atualmente, há uma única passagem em Bab al Hawa.
