Secretário de Estado dos EUA sobre a guerra: “Sofrimento vai piorar”

Após uma reunião na sede da União Europeia, Antony Blinken alertou que a guerra deve criar contornos ainda mais sombrios

atualizado 04/03/2022 19:41

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Guerra ucrania Missil Vyacheslav Madiyevskyy/Ukrinform/NurPhoto via Getty Images

Após uma reunião na sede da União Europeia, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, alertou que a guerra deve criar contornos ainda mais sombrios.

Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia fizeram uma reunião extraordinária com os chanceleres de Ucrânia, Reino Unido, Canadá e Estados Unidos para discutir o recrudescimento da guerra. Em pronunciamento, transmitido ao vivo de Bruxelas, Blinken afirmou: “O sofrimento que estamos vendo vai piorar”.

O chefe da diplomacia americana voltou a criticar o presidente russo, Vladimir Putin. “Ele criou um pretexto falso para a guerra e o usou como justificativa para invadir o solo ucraniano”, frisou.

Segundo Blinken, os americanos estudam novas sanções econômicas contra a Rússia, mas ele não adiantou quais seriam e quem essas medidas efetivamente atingiriam.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

Getty Images
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

Poca/Getty Images
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

Kutay Tanir/Getty Images
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

Elena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images
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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

Will & Deni McIntyre/ Getty Images
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Ataques

O megacomboio russo de tanques e tropas se movimentou em direção a Kiev, capital ucraniana e coração do poder. A fila de veículos, que cobre uma extensão de 64 quilômetros, está a cerca de 20 quilômetros da cidade.

O avanço, segundo estimativas baseadas em imagens de satélite, foi de pouco mais de 5 quilômetros. Desde segunda-feira (28/2), os militares russos aglutinam forças para um possível ataque massivo.

Na prática, as tropas russas querem cercar Kiev e executar ataques simultâneos, o que dificulta a reação e a defesa. Os detalhes da possível operação foram divulgados por agências internacionais de notícias.

O megacomboio é formado por tanques, peças de artilharia, veículos de transporte, contêineres com armas e outros equipamentos de logística militar. O grupo está ao redor do aeroporto de Antonov, distante 25 quilômetros do centro de Kiev.

Um bombardeio aéreo russo atingiu área residencial na região de Kiev, capital da Ucrânia, e matou pelo menos sete pessoas, dentre as quais duas crianças, no início da tarde desta sexta-feira, pelo horário de Brasília.

O ataque com míssil atingiu a vila de Markhalivka, a cerca de 10 km da periferia sudoeste da capital. Essa é uma área rural, mas bastante habitada. Segundo agências internacionais de notícias, moradores deixaram as casas às pressas. Após a investida, várias residências pegaram fogo.

Sirenes disparam

A Ucrânia denunciou que o Exército russo tem planos de executar um múltiplo bombardeio em grandes cidades, na noite desta sexta-feira. Os negociadores que tentam chegar a um acordo de cessar-fogo admitiram que é difícil estabelecer, por parte da Rússia, uma pausa nos ataques.

Sirenes de alerta tocaram em Odessa, no sul do país, e em Kiev, a capital. Enquanto isso, um acordo para cessar-fogo parece cada vez mais distante. A reunião marcada para esta sexta-feira (4/3) foi adiada.

O aviso sonoro disparou no início da tarde desta sexta-feira, pelo horário de Brasília, segundo a imprensa internacional. É um alerta para o risco de bombardeios.

Tropas russas invadiram a cidade portuária de Mykolaiv, no Mar Negro, na Ucrânia. A investida constitui uma tentativa de os russos dominarem a região sul da Ucrânia.

Outra cidade sob forte ataque é Mariupol, onde as tropas executam bombardeios sem intervalo. Segundo o governo ucraniano, é necessário retirar 200 mil pessoas da província para evitar mortes.

Mapa regiões atacadas Ucrânia
Mapa ilustra os locais onde o país foi atacado

 

 

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