A Rússia está pronta para enfrentar o Ocidente caso aliados da Ucrânia queiram se envolver diretamente na guerra, que se arrasta por mais de dois anos. A declaração é de Sergey Lavrov, ministro interino das Relações Exteriores e um dos braços direitos de Vladimir Putin, dada durante reunião da câmara alta do parlamento nesta segunda-feira (13/5).
“Este é o direito deles [de países ocidentais que apoiam a Ucrânia], se quiserem [resolver a guerra] no campo de batalha, será no campo de batalha”, ressaltou o diplomata russo.
A fala do favorito a ser renomeado como chanceler russo por Vladimir Putin, que faz uma reestruturação no governo nos últimos dias, ocorre em um momento de extrema tensão nas relações entre Rússia e Ocidente.
Na última semana, o primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, admitiu a presença de soldados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na Ucrânia. A revelação do líder polonês acendeu, ainda mais, o alerta para um possível envolvimento da aliança militar liderada pelos Estados Unidos na guerra no Leste Europeu.
Desde o início do conflito, em fevereiro de 2022, Moscou criticou diversas vezes o apoio da Otan à Ucrânia, e reiterou que qualquer tipo de ataque direto da aliança contra a Rússia significaria o início de uma guerra de grandes proporções.
A Otan também elevou a retórica militar contra a Rússia. Além de diversas declarações de líderes ligados ao bloco, algumas autoridades afirmaram que a aliança se prepara para um conflito direto com o país liderado por Putin.
