Rússia admite “perdas significativas” de tropas em guerra na Ucrânia

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em entrevista à Sky News, classificou a situação como "grande tragédia"

atualizado 07/04/2022 17:22

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O governo russo admitiu que teve “perdas significativas” de tropas que lutam na invasão da Ucrânia. A guerra chega ao 41º dia nesta quinta-feira (7/4).

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em entrevista à Sky News, reconheceu as baixas militares e classificou a situação como “grande tragédia”.

Peskov não especificou o número de vítimas. No fim de março, a Rússia admitiu que havia perdido 1.351 soldados, e tinha 3.825 feridos. A quantidade não pôde ser verificada.

Órgãos de inteligência dos Estados Unidos e de países europeus trabalham com números bem mais altos – ao menos 7 mil mortes de soldados russos.

Suspensão

A Rússia pediu formalmente para deixar o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) após a Assembleia-Geral  aprovar a suspensão do país do órgão, como represália ao massacre em Bucha, na Ucrânia.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

Getty Images
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

Poca/Getty Images
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

Kutay Tanir/Getty Images
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

Elena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images
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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

Will & Deni McIntyre/ Getty Images
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Ataques

O porta-voz voltou a dizer que as forças russas “nunca estavam bombardeando objetivos civis” desde o início da guerra.

“Eles estavam apenas mirando e usando mísseis de alta precisão para atacar a infraestrutura militar na Ucrânia”, concluiu.

Guerra

O governo ucraniano está em alerta para possíveis bombardeios generalizados semelhantes aos ocorridos na 2ª Guerra Mundial. Autoridades locais recomendaram que a população fuja.

Nesta quinta-feira (7/4), o prefeitura de Dnipro, no centro-leste da Ucrânia, pediu para que as mulheres, as crianças e os idosos deixassem imediatamente a cidade.

Autoridades locais esperam que tropas russas intensifiquem os bombardeios nas próximas horas.

Uma recomendação similar foi feita pela prefeitura de Luhansk, no leste, próxima à fronteira com a Rússia.

Segundo a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o país de Putin está preparando uma nova ofensiva focada no leste do país.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, sustentou, em Bruxelas, que a escala dos ataques em Donbass lembrará os da 2ª Guerra Mundial.

“Ou você nos ajuda agora, e estou falando de dias, não semanas, ou sua ajuda chegará tarde demais e muitas pessoas morrerão”, pediu, após reunião diplomática.

A Otan anunciou que enviará uma “ampla variedade” de armas para a Ucrânia. O secretário-geral da entidade, Jens Stoltenberg, ressaltou que o grupo irá “fortalecer o apoio” aos ucranianos.

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