As sessões de votação na França foram abertas às 8h (às 3h, em Brasília) deste domingo (10/4) para a escolha, em primeiro turno, do presidente do país. Até às 20h, 15h no Brasil, espera-se que 49 milhões de eleitores compareçam às urnas em uma disputa bastante marcada por rivalidade ideológica.
Emmanuel Macron (La République En Marche) tenta a reeleição (foto em destaque). Ele chegou à semana da votação com maioria apertada de intenções de votos: 26,5%.
Político de Centro, o presidente francês compete hoje com a ultradireita, que defende Marine Le Pen, com 23%, de acordo com as últimas pesquisas divulgadas.
Macron, segundo as consultas, chegou a abrir 16 pontos percentuais sobre Le Pen durante a campanha, mas derreteu em popularidade após anunciar proposta de elevar a idade de aposentadoria de 62 anos para 65.
A rivalidade entre os dois acirrou-se na reta final da campanha. Macron chamou Le Pen de racista devido às medidas anti-imigração que estão em seu programa de governo. A direitista devolveu, chamando-o de “agressivo e exaltado”.
Em um eventual segundo turno, as pesquisas apontam que Macron venceria Le Pen por 53% a 47%. Em terceiro lugar aparece Jean-Luc Mélenchon, representante da esquerda, com 16,5% nas pesquisas. No total, há 12 concorrentes ao cargo de presidente.
Em 2017, Macron foi eleito após cinco meses de campanha eleitoral. As principais propostas tratavam de flexibilização das leis trabalhistas.
Le Pen
Marine Le Pen, do partido Reagrupamento Nacional (RN), foi deputada pelo 11º distrito de Pas-de Calais. Ela anunciou a candidatura à presidência francesa durante uma coletiva de imprensa em 16 de janeiro de 2020.
Se Le Pen tiver a quantidade de votos esperada e se as abstenções se concretizarem, o 2º turno na França deve virar realidade. Isso ocorre quando nenhum candidato tem a maioria absoluta de votos. Nesse cenário, a nova votação seria em 24 de abril.
