A Justiça da França condenou, nesta quarta-feira (29/6), Salah Abdeslam a prisão perpétua sem a possibilidade de progressão de pena. O franco-marroquino é apontado como um dos únicos integrantes vivos responsáveis pelos ataques simultâneos que aconteceram em 13 de novembro de 2015, um dos episódios mais violentos e letais na história francesa desde a Segunda Guerra Mundial.
O atentado deixou 130 pessoas mortas e mais de 350 feridos na capital francesa. Após 10 meses do início do julgamento, Abdeslam foi condenado por acusações de terrorismo e assassinato.
Em fevereiro, os promotores afirmaram que o franco-marroquino abandonou os seus planos de matar apenas depois que seu colete de explosivos falhou. Durante o julgamento, Abdeslam disse que não matou ninguém. A acusação apontou que o mecanismo utilizado pelo condenado não detonou por conta de um defeito no aparelho.
No início do julgamento, Abdeslam chegou a se orgulhar de integrar o exército do Estado Islâmico, um dos maiores grupos terroristas do mundo.
Nessa segunda-feira (27/6), Abdeslam disse: “Não sou um assassino, e, se for condenado por assassinatos, vocês cometerão uma injustiça”.
A pena imposta pela Justiça da França a Salah Abdeslam foi aplicada apenas quatro vezes em toda a história francesa, desde que foi instaurada em 1994.
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