A pandemia da Covid-19 reduziu a expectativa média de vida no mundo pela primeira vez em cinco décadas. Enquanto em 2019 a expectativa era de 72,8 anos; no ano passado, caiu para 71, como aponta relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado nesta segunda-feira (11/7).
O índice estava em crescimento constante desde 1972, até ser interrompido pelo aumento da mortalidade ocasionado pela crise de saúde global.
Em contrapartida, o relatório projeta que os países devem recuperar as tendências de longevidade até 2025, a depender de fatores como o aumento da cobertura vacinal e o controle de conflitos, entre eles, a guerra na Ucrânia.
O relatório World Population Prospects foi baseado em censos reunidos entre 1950 e 2022, de 237 países.
Entre os dados apresentados, a média anual de crescimento populacional ficou abaixo de 1%, pela primeira vez desde 1950 — época em que o monitoramento começou a ser feito. Em 2020, foi de 0,9% e, em 2022, a projeção é de que fique em 0,84%.
Outro dado inédito foi que o decrescimento populacional — ou seja, quando a taxa anual de crescimento fica abaixo de zero — será atingido ainda no século 21, na década de 2080.
8 bilhões de pessoas
O levantamento da ONU anunciou, ainda, que a população mundial deve chegar a 8 bilhões em 15 de novembro deste ano, um crescimento de 100 milhões em relação ao número atual.
Para os próximos anos, a estimativa é de que a população mundial atinja os 8,5 bilhões de pessoas em 2030; 9,7 bilhões em 2050; e 10,4 bilhões em 2100.
“Em 2020, a taxa de crescimento global caiu abaixo de 1% ao ano pela primeira vez desde 1950. A população mundial deverá atingir um pico de cerca de 10,4 bilhões de pessoas durante a década de 2080 e permanecer nesse nível até 2100”, diz o relatório.
De acordo com a ONU, até 2050, mais da metade do crescimento estará concentrado em apenas oito países: República Democrática do Congo, Egito, Etiópia, Índia, Nigéria, Paquistão, Filipinas e República Unida da Tanzânia.
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