A força aérea ucraniana acusou a Rússia, nesta quinta-feira (21/11), de ter lançado um míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês) contra empresas e infraestrutura na cidade de Dnipro, no centro-leste da Ucrânia. O ataque, realizado a partir da região de Astrakhan, na Federação Russa, seria o primeiro desse tipo.
A alegação, ainda não confirmada nem negada pelo Kremlin, tenciona ainda mais o conflito e traz preocupações sobre um novo escalonamento.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nas redes sociais, que o míssil disparado pela Rússia contra a cidade de Dnipro indicava ser um míssil ICBM por conta de sua altitude e velocidade, mas que “as investigações estão em andamento”.
O relatório ucraniano que acusa a Rússia do uso do ICBM, segundo o jornal britânico The Guardian, afirma que esse tipo de armamento poder ter alcance de mais de 9,9 mil km, em teoria o suficiente para atingir a costa leste dos EUA a partir da cidade russa Astrakhan.
Os ICBMs, desenvolvidos na década de 1950, no auge da Guerra Fria, são capazes de ser armados com ogivas nucleares, mas também podem carregar bombas convencionais. Estima-se que a Rússia tenha cerca de 326 ICBMs em seu arsenal nuclear, porém o armamento nunca foi usado em uma guerra.
Esse tipo de míssil é disparado para o espaço e libera uma ou mais ogivas que retornam à atmosfera. O ICBM é considerada uma arma de alta precisão.
