Após os bombardeios de Israel a Beirute, capital do Líbano, na sexta-feira (20/9), com um total de 45 mortos, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu se pronunciou neste domingo na TV e prometeu que continuará com os ataques contra o Hezbollah. De acordo com Netanyahu, o grupo xiita foi atingido “de uma forma que eles nunca imaginariam”.
A fala de Netanyahu ocorre após uma escalada de ataques contra o grupo no decorrer da semana. Na terça-feira (17/9), pagers usados pelo grupo explodiram, matando pelo menos 12 pessoas e ferindo milhares. Na quarta (18/9), foi a vez de walkie-talkies dos integrantes do Hezbollah explodirem, matando 20 pessoas e ferindo outras centenas.
“Se o Hezbollah não entendeu a mensagem, eu prometo que entenderá”, disse Netanyahu, no pronunciamento, sem se referir, no entanto, às duas explosões de terça e quarta.
A mídia internacional atribuiu os ataques da semana ao Mossad e à Unidade 8200, forças militares secretas israelenses.
Neste domingo, o Hezbollah revidou e disparou aproximadamente 150 mísseis contra Israel. Em resposta, o Exército israelense realizou bombardeios em alvos do Hezbollah no sul do Líbano.
Foi atingida uma área do norte de Israel, longe de onde os ataques ocorrem em geral. Em Haifa, uma das maiores cidades de Israel, quatro pessoas ficaram feridas, de acordo com autoridades locais.
Nove comandantes do Hezbollah mortos
As Forças Armadas de Israel afirmaram nesse sábado (21/9), no canal do Telegram, que 16 “terroristas do Hezbollah foram eliminados no ataque” aéreo a Beirute na sexta.
O Exército publicou fotos e nomes dos supostos nove líderes da unidade de elite do grupo que foram mortos no bombardeio. As Forças Armadas de Israel acusam os comandantes de planejar e liderar um plano de infiltração em território israelense por anos.
